Reposição Fêmea Nelore – 30/01/08
30 de janeiro de 2008
Reposição segue valorizada, indicador é cotado a R$ 500
1 de fevereiro de 2008

Pasto de outono é opção na seca

O outono só começa em março, mas os pecuaristas já devem começar a se programar para garantir uma boa alimentação para o rebanho durante o período de seca, entre o outono e o inverno. A escolha do melhor sistema depende do caso. Para quem utiliza o sistema de integração lavoura-pecuária, uma boa opção é o cultivo de pastagem safrinha, ou o pasto de outono.

O outono só começa em março, mas os pecuaristas já devem começar a se programar para garantir uma boa alimentação para o rebanho durante o período de seca, entre o outono e o inverno. A escolha do melhor sistema depende do caso. Para quem utiliza o sistema de integração lavoura-pecuária, uma boa opção é o cultivo de pastagem safrinha, ou o pasto de outono.

“É uma prática ainda pouco usada por esses produtores, mas bastante viável. Estamos recomendando-a dentro do Programa de Integração Lavoura-Pecuária”, diz o zootecnista Haroldo Pires de Queiroz, difusor de tecnologia da Embrapa Gado de Corte. Segundo ele, a pastagem de outono tem valor nutritivo alto no início da seca e médio no fim da seca. “Para alimentação de animais de alto desempenho, é um excelente volumoso, que deve ser complementado com ração. Garante ganho de peso acima de meio quilo por dia neste período.”

A formação de pastagem nesta época do ano, porém, é lenta. Por isso, é preciso se programar. Conforme Queiroz, a pastagem safrinha deve ser plantada em março ou abril, logo após a colheita da safra de grãos. “Se o produtor plantar em março, já em maio o pasto vai estar pronto para ser consumido.” Na região Centro-Oeste, diz Queiroz, pode-se optar pelas pastagens comuns, como as braquiárias (marandu, xaraés e piatã, entre outras).

O que muda na pastagem de outono, em relação ao plantio de primavera, é a taxa de semeadura. “A quantidade de semente por hectare aumenta em torno de 50%, isso para garantir uma boa quantidade de pasto, já que no outono/inverno o capim cresce menos.”

Nas condições ideais para o plantio de marandu, por exemplo, na primavera são necessários 2,8 quilos de sementes puras viáveis. Já para o outono, a taxa sobre para 4 a 5 quilos. “O custo aumenta, mas é pouco. A semente não é o item mais caro. Equivale a, no máximo, 10% do custo de produção.”

“Compensa”, garante Queiroz. “Inclusive financeiramente. Em vez de ficar com a terra parada, o pecuarista usa a terra e aumenta sua renda, porque vai produzir carne numa área que ficaria vazia.”

O zootecnista Rogério Marchiori Coan, da Coan Consultoria, ressalta, entretanto, que, embora a integração seja a melhor maneira de garantir a sustentabilidade do sistema de produção, poucos pecuaristas adotam a prática, “em função das limitações geográficas, de solo, de clima ou até de recursos financeiros”, diz. “Independentemente da forrageira usada, após o período seco a pastagem deve ser dessecada, com aplicação de herbicidas. Ou seja, requer investimentos”, diz Coan. Por isso, outra recomendação é o diferimento de pastagem, ou seja, a reserva de parte das áreas de pastagem no fim do período chuvoso para serem consumidas no período seco.

Fonte: jornal O Estado de S. Paulo

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