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Pecuaristas aderem à rastreabilidade

Em apenas 15 dias do mês de julho, as empresas de identificação e certificação aumentaram muitos as inscrições de animais no Sistema Brasileiro de Indentificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov).

Tudo por conta do aperto dado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no sentido de que, a partir de 15 de julho, só poderia ser exportada para a União Européia carne de animais inscritos há pelo menos 40 dias no Sisbov.

De acordo com o presidente da Câmara Setorial da Carne, Antenor Nogueira, de pouco mais de dois milhões de animais rastreados até 30 de junho, o número subiu para 4,73 milhões até 15 de julho. São animais vivos, a maioria adultos, prontos para abate.

Somente no estado de Goiás, foram inscritos 834 mil animais em apenas 15 dias, com média de 52.129 cabeças por dia. Atualmente, os Estados que apresentam maior número de bovinos identificados e rastreados é Mato Grosso do Sul, com 1.455.980 cabeças, seguido de Goiás, com 970.609 cabeças. Na opinião de Nogueira, até o fim do ano, é provável que dez milhões de animais estejam inscritos no Sisbov.

No MS, alguns frigoríficos pagam R$ 3 a mais por animal rastreado abatido, o que representa, certamente, um incentivo importante para que os pecuaristas comecem a rastrear seus rebanhos.

Quanto à tipificação de carcaças, uma antiga reivindicação dos criadores de bovinos do País inteiro, embora seja só um primeiro passo, está partindo do próprio Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a ação que poderá encaminhar melhor a questão no mercado.

Foi formado grupo a partir do Mapa que, no prazo de 30 dias, a contar do último dia 8, deverá apresentar esboço do programa de tipificação de carcaça, com as regras de classificação, que será submetido a apreciação dos interessados. Também entrarão no programa a questão do aproveitamento racional do couro e uma melhor remuneração ao pecuarista pelo seu aproveitamento pelos frigoríficos.

O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Laucídio Coelho Neto, é o representante do Estado no grupo. Segundo ele, a classificação das carcaças deverá seguir norma geral em todos os abates, complementando o serviço da rastreabilidade.

Fonte: O Popular/GO e Correio do Estado/MS, adaptado por Equipe BeefPoint

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