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Pecuaristas baianos ainda podem vacinar

A segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa não alcançou o índice mínimo no oeste da Bahia, região com um rebanho estimado em 1,7 milhão de cabeças. Quando lançou a etapa, em setembro passado, o secretário da Agricultura, Pedro Barbosa, falou da pretensão de ultrapassar os números da primeira etapa, em março, de 93% – no oeste foi de 92% – e imunizar 100% do rebanho estadual de 9,6 milhões de bovinos.

Segundo o gerente técnico da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Adab), em Barreiras, João Pacheco, até o final de setembro a região não havia alcançado o percentual de segurança, de 85%. O fraco resultado foi atribuído às campanhas políticas e, para reverter o quadro, a Adab está intensificando ações e permitindo que os pecuaristas ainda vacinem o rebanho e façam a declaração.

Porém, como o prazo oficial já terminou, os criadores devem procurar a instituição e receber uma autorização para comprar as vacinas. Depois, devem declarar a vacinação para atualização dos números. Conforme João Pacheco, nos dias posteriores à eleição a procura pela vacina foi intensa e há perspectiva de alcançar os mesmos índices das edições anteriores da campanha.

Bahia e Sergipe são os únicos estados do Nordeste considerados zonas livres de febre aftosa com vacinação. Para reforçar a proteção sanitária a Adab, está enviando nove equipes técnicas a oito municípios limítrofes com estados vizinhos considerados de alto risco ou risco desconhecido para a febre aftosa.

Com apoio da Delegacia Federal de Agricultura do Estado, da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agropecuário, das prefeituras municipais e do Comando da Polícia Militar, a força-tarefa vai fazer vacinação assistida nas propriedades rurais cujos rebanhos não foram imunizados na campanha de setembro. “Nós já identificamos os inadimplentes e agora enviaremos as equipes formadas por técnicos, auxiliares e policiais militares para garantir a vacinação assistida”, informou o diretor-geral da Adab, Luciano Figueiredo.

Ele acrescentou que para atingir um maior número possível de propriedades, a Adab também contratou vaqueiros selecionados junto às comunidades rurais locais. Os oito municípios, alvo do esforço concentrado, possuem cerca de 110 mil cabeças de gado, das quais estima-se que 55 mil deixaram de ser vacinadas. O trabalho atingirá cerca de duas mil propriedades localizadas na região da caatinga e do semi-árido baiano. Os municípios envolvidos estão na região que faz fronteira com Pernambuco, Piauí e Alagoas. São eles: Campo Alegre de Lourdes, Pilão Arcado, Remanso, Casa Nova, Juazeiro, Sobradinho, Curaçá e Sento Sé.

Fonte: A Tarde/BA (por Miriam Hermes),Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), adaptado por Equipe BeefPoint

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