Pernambuco instala hoje o primeiro Comitê Gestor Estadual de Erradicação da Febre Aftosa. A proposta é acompanhar o desenvolvimento do programa de combate à doença no Estado, que tem cronograma de metas com prazo de conclusão até 2003. Apesar de não haver registro de aftosa nos últimos 45 meses, Pernambuco é classificado como área de risco desconhecido da doença, figurando no Circuito Pecuário Nordeste – integrado por estados de Alagoas ao Maranhão.
A criação do comitê foi uma solicitação da Comissão Nacional de Assuntos do Nordeste, na Confederação Nacional da Agricultura (CNA), à Secretaria de Produção Rural e Reforma Agrária (SPRRA). O comitê, que será formado por várias entidades que representam a agropecuária no Estado, vai ser presidido pelo secretário André de Paula.
Nas duas etapas da campanha contra a febre aftosa deste ano, foram investidos R$ 1,2 milhão. O diretor de defesa e fiscalização agropecuária da SPRRA, Antônio Félix, afirma que 94% do rebanho pernambucano foi imunizado, atingindo 1,1 milhão de animais. Segundo dados de 1996 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado tem 1,2 milhão de cabeças.
Durante a reunião do Circuito Pecuário na semana passada, Pernambuco apresentou um cronograma de atividades com 13 metas para abreviar o prazo de erradicação da aftosa, estipulado pelo Governo Federal, de 2005 para 2003.
O ponto polêmico continua sendo o cadastramento dos criadores. Enquanto Alagoas, Rio Grande do Norte e Paraíba garantem que já concluíram o levantamento, Pernambuco estipulou junho de 2002 como prazo de entrega dos dados. “Temos informação de que Pernambuco tem 200 mil propriedades, mas até agora só cadastramos 40 mil unidades”, admite Félix.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Adriana Guarda), adaptado por Equipe BeefPoint