Algumas pesquisas realizadas com raças bovinas e nas condições produtivas do Uruguai estão mostrando que os sistemas de produção pastoril determinam que a carne tem uma melhor composição de ácidos graxos que a produzida em sistemas com base em grãos, além de ter níveis de vitamina E no músculo acima dos níveis recomendados.
Agora, os pesquisadores Carolina Realini, Gustavo Brito e Fabio Montossi, mostraram as vantagens que o Uruguai deveria explorar em seu caminho de produzir carne saudável, certificada e com os atributos que o consumidor quer. Os resultados das pesquisas foram apresentados na 43a Jornadas Uruguaias de Buiatria, realizadas em Paysandú.
Os pesquisadores consideram que “é necessário avaliar o impacto da diversidade forrageira sobre a composição de ácidos graxos da carne, contribuindo à agregação de valor através de programas de promoção de uma carne com um perfil de lipídios superior, obtido a partir de nossas pastagens naturais e/ou em combinação com espécies melhoradas”.
O trabalho destacou também que, além de reforçar o foco do Uruguai, deve promover a produção e a comercialização de carne proveniente de sistemas pastoris como produto base de sua produção pecuária, “a estratégia global deve ser ampla e explorar outras oportunidades e diversidade de opções de mercados”.
“Neste sentido, outros sistemas produtivos mais intensivos que permitam o aproveitamento de outros recursos agrícolas, maiores rendimentos e que aportem diversificação de mercados, pode coexistir para sustentar o desenvolvimento e a sustentabilidade da atividade pecuária nacional”.
No entanto, recomendou-se que nesses sistemas “é necessário desenvolver estratégias que minimizem as mudanças no perfil de ácidos graxos de animais que previamente estiveram em pastoreio ou que são suplementados em pastoreio”.
Também é necessário contar com “informação do efeito do tempo de suplementação, do tipo e nível de oferta de suplementos em combinação com o tipo de pastagens sobre a composição de ácidos graxos da carne”.
Todos estes aspectos “são chave para definir uma estratégia adequada de manipulação do perfil de ácidos graxos de animais de engorda no curral”.
Os especialistas uruguaios destacam a necessidade de continuar gerando uma base científica sólida de informação nacional que permita desenvolver estratégias para capitalizar o valor nutricional da carne uruguaia.
Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Parabéns isto é acima de tudo MKT (marketing)
Ricardo Cauduro