Plano Brasil Maior: indústria julga o plano insuficiente (com slides)

As medidas anunciadas ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, foram apontadas como positivas, mas consideradas insuficientes para a maioria do setor industrial. Na avaliação do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, as medidas não resolvem o problema da competitividade brasileira.

As medidas anunciadas ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, foram apontadas como positivas, mas consideradas insuficientes para a maioria do setor industrial. Na avaliação do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, as medidas não resolvem o problema da competitividade brasileira.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert, comentou que a entidade indicou integrantes para vários dos conselhos de competitividade instalados ontem. Ele, porém, tem dúvidas quanto aos resultados dessa iniciativa. Para ele, no entanto, é provável que as medidas esbarrem em velhos problemas, como a falta de espaço na política fiscal para medidas mais ousadas. Ele avaliou que as medidas anunciadas são importantes, mas insuficientes, pois não resolvem os dois problemas mais graves da indústria, que são os juros e o câmbio. O ideal, segundo comentou, é que a cotação do dólar ficasse na casa de R$ 2,20 a R$ 2,30.

O presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, observou que outros países também estão trabalhando para ocupar mais espaço no mercado mundial, o que obriga o Brasil a um processo contínuo de busca de redução de custos de produção.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, avaliou que as medidas poderão reverter o quadro de baixo dinamismo da atividade industrial observada no início deste ano. “A indústria patinou em janeiro, fevereiro e março, grande parte devido às importações. Há a possibilidade de que, com as medidas, a indústria se recupere”, afirmou. Ele frisou que o governo deixou em aberto a possibilidade de adotar novas medidas. Na sua avaliação, o ideal seria tentar elevar a cotação do dólar para R$ 1,90.

O presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, ficou decepcionado com o fato de o governo não ter beneficiado o setor de carnes com a desoneração da folha de pagamento, uma das medidas do Plano Brasil Maior. “Essa foi a grande falha do anúncio… a desoneração é um fator preponderante para mantermos a competitividade do produto nacional. O setor de carnes já tem uma das cargas tributárias mais elevadas e esse benefício nos daria algum alívio.”

Fonte: jonral O Estado de SP, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Veja a apresentação de Guido Mantega:

Apresentação ministro guido mantega – novas medidas brasil maior

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