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Potencial genético está no genoma

A fisiologia do crescimento do bovino segue uma regra básica: primeiro, animal desenvolve a estrutura óssea, depois, a muscular e por fim, deposita gordura. Segundo explica o médico veterinário William Koury Filho, que também é jurado de bovinos, animais com maior tamanho à idade adulta tendem a demorar mais para chegar à fase de terminação, que é o ponto ideal de abate.

A fisiologia do crescimento do bovino segue uma regra básica: primeiro, animal desenvolve a estrutura óssea, depois, a muscular e por fim, deposita gordura.

Segundo explica o médico veterinário William Koury Filho, que também é jurado de bovinos, animais com maior tamanho à idade adulta tendem a demorar mais para chegar à fase de terminação, que é o ponto ideal de abate.

“Embora tenha volume ou massa muscular maior, são os animais mais altos que chegam ao ponto de terminação mais tarde”, afirma o veterinário. “Quanto maior o tamanho corporal do animal, maior a sua exigência em termos nutricionais.”

No Genoma

De acordo com o professor Mateus Paranhos da Costa, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), câmpus de Jaboticabal (SP), quando um bezerro nasce, o potencial genético está definido no seu genoma. “Para expressar as condições genéticas, o animal tem de encontrar um ambiente adequado, que proporcione todos os nutrientes necessários e que seja livre de doenças e parasitas”, diz Paranhos.

No entanto, o professor acrescenta que dentro de uma população de bovinos há variações, inclusive dentro da mesma raça, seja de tamanho, de metabolismo e outras características.

O professor afirma que alguns indivíduos têm características que estão diretamente ligadas à precocidade. “Em alguns animais, o desenvolvimento ósseo, muscular e de gordura é mais acelerado que em outros e, com isso, o animal consegue chegar à fase de terminação mais cedo”, observa, acrescentando que existe uma correlação direta grande com ossos muito longos e animais tardios.

Velocidade

Segundo Mateus Paranhos, normalmente, as pessoas associam a precocidade do animal ao seu tamanho, mas o que interessa é a velocidade com que ele forma os tecidos ósseo, muscular e adiposo (gordura), explica o professor.

Ele lembra que os sistemas de produção podem influenciar no desempenho corporal do boi. “Há estratégias nutricionais que podem fazer com que o metabolismo do animal se acelere ou retarde”, diz.

“Quando há deficiências nutricionais, o animal pode perder em precocidade e sua capacidade pode ficar limitada, o que pode comprometer todo o seu desenvolvimento, completa o professor da Unesp.

Fonte: O Estado de São Paulo/Associação dos criadores de Nelore do Brasil

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