Nesta semana, o cenário do mercado do boi gordo teve poucas alterações, ou seja, a oferta segue restrita e arroba continua apresentando valorizações. O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 95,16/@, na última quinta-feira, registrando alta de 1,14% na semana. O indicador a prazo acumulou variação positiva de 0,91%, sendo cotado a R$ 96,08/@. Em relação ao mesmo período do ano passado, este indicador está 20,10% mais alto.
Nesta semana, o cenário do mercado do boi gordo teve poucas alterações, ou seja, a oferta segue restrita e arroba continua apresentando valorizações.
O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 95,16/@, na última quinta-feira, registrando alta de 1,14% na semana. O indicador a prazo acumulou variação positiva de 0,91%, sendo cotado a R$ 96,08/@. Em relação ao mesmo período do ano passado, este indicador está 20,10% mais alto.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio
Ontem, a moeda americana (PTAX compra) fechou a R$ 1,6769, com variação negativa de 0,97% na semana. Este recuo somado à alta do indicador de boi gordo proporcionou uma de alta de 2,13% no valor da arroba em dólares, que está valendo US$ 56,75.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo em R$ e em US$
No mercado físico do boi gordo a oferta de animais para o abate segue restrita, causando dificuldade no alongamento das escalas. Os frigoríficos que detêm maior volume de contratos de boi a termo estão mais tranquilos, mas mesmo assim está difícil comprar matéria prima para abastecer a indústria.
Compradores comentam que não adianta pagara mais pela arroba, porque mesmo elevando os preços ofertados o boi não aparece, e seguem trabalhando com cautela. O início das chuvas deve dar mais folego para os pecuaristas, mas o volume maior de animais de pasto ofertados para o abate deve demorar alguns meses para aparecer e o número de animais terminados no cocho deve continuar menor que a demanda. Assim a expectativa é que o mercado continue firme nos próximos dias.
Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.
O mercado futuro também teve outra semana de alta. O primeiro vencimento, outubro/10, fechou a R$ 95,21/@ na última quinta-feira, acumulando valorização de R$ 2,26 na semana. Os contratos que vencem em novembro/10 registraram alta de R$ 1,90, fechando a R$ 95,76/@ no último pregão.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa e contratos futuros de boi gordo (valores à vista), em 30/09/10 e 07/10/10
Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 719,99/cabeça, subindo 2,66% na semana. A relação de troca recuou, sendo calculada em 1:2,18.
Apesar da retração na relação de troca, a margem bruta na reposição foi calculada em R$ 850,15, na última quinta-feira, se mantendo nos níveis mais elevados dos últimos anos e apontando que o momento é bom para realizar a reposição. A margem bruta na reposição é a diferença da venda de um boi gordo de 16,5@ e compra de um bezerro de reposição, este valor é o que será utilizado para investimentos na atividade, pagamento de contas e salários e lucro.
No mês passado a média deste índice ficou em R$ 847,21, um aumento de 5,79% em relação à média de agosto (R$ 800,87). No dia 9 de setembro passado, a margem bruta foi calculada em R$ 860,75, o maior valor registrado desde o início da série histórica em fevereiro de 2000.
Isso mostra que apesar do bezerro ter subido de preço, o boi gordo também se valorizou e está sobrando mais dinheiro para o invernista na operação de venda do boi gordo e reposição do rebanho.
Gráfico 3. Margem bruta na reposição
Manoel Torres Filho, de Tupi Paulista/SP, comentou que na sua região o mercado de reposição continua a passos lentos. “Acredito que o motivo dessa parada está ligado à condição das pastagens que apesar das chuvas ainda não se recuperaram, mas conforme for melhorando a procura pela reposição deve melhorar”, completa informando que o bezerro está sendo negociado a R$ 700,00. Envie você também informações sobre o mercado de reposição na região através do nosso formulário para troca de informações.
Segundo o Boletim Intercarnes, no atacado os preços estão mais firmes e negócios de Estados mais próximose com entregas mais imediatas seguem sendo realizados com melhores preços. As ofertas seguem retraídas e devem continuar assim na próxima semana em vista do feriado do dia 12, enquanto a procura se apresenta bastante ativa, devendo dar sustentação aos preços.
No atacado paulista, o traseiro foi cotado a R$ 7,50, o dianteiro a R$ 4,90 e a ponta de agulha a 4,70. Na última quinta-feira, o equivalente físico foi calculado em R$ 91,83/@, com valorização acumulada de 2,25%. O spread (diferença) entre indicador e equivalente está em R$ 3,33/@.
Tabela 2. Atacado da carne bovina
Gráfico 4. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
Exportação de carne bovina in natura
Em setembro, os exportadores brasileiros enviaram ao exterior 76.900 toneladas de carne bovina in natura, responsáveis pela geração de uma receita de US$ 320,5 milhões. No acumulado do ano a receita registrada com as exportações do produto atingiram a marca de US$ 2,96 bilhões e o volume embarcado chegou a 761.172 toneladas, 10,81% acima do mesmo período do ano passado.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o volume enviado ao exterior em setembro foi 0,64% inferior, mas a receita cresceu 15,93%, evidenciando valorização nos preços da carne bovina no mercado internacional. Já na comparação com o mês anterior – agosto de 2010 -, temos um recuo (-18,18%) na receita apurada e uma retração de 19,79% no volume de carne bovina in natura exportada, segundo os dados do MDIC.
Gráfico 4. Exportações brasileiras de carne bovina in natura
Tabela 3. Exportações brasileiras de carne bovina in natura
O preço da carne bovina in natura brasileira seguiu em alta no mercado internacional durante o último mês de setembro. O preço médio da carne bovina in natura exportada ficou em US$ 4.168/tonelada, 16,67% mais alto que o valor registrado no mesmo período de 2009.
IBGE registra aumento nos abates durante o 2º tri
No 2º trimestre de 2010 foram abatidas 7,587 milhões de cabeças de bovinos, alta de 7,2% com relação ao trimestre imediatamente anterior e de 10% na comparação com o mesmo período de 2009. Confirmando tendência de retomada do crescimento, após forte retração verificada a partir do 3° trimestre de 2008. O número de cabeças abatidas retornou ao patamar de 7,6 milhões de unidades, alcançado no período anterior à crise financeira internacional.
Gráfico 5. Quantidade de bovinos abatidos no trimestre e variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior
O aumento no número de bovinos abatidos no segundo trimestre de 2010 reflete o aumento da demanda doméstica e internacional pela carne bovina, além de uma base de comparação deprimida do ano passado, segundo observou o gerente de pecuária do IBGE, Octávio Costa.
Camardelli assume presidência da Abiec e diz que desafio é manter a competitividade
Confirmado na presidência da Associação Brasileira da Indústria de Carnes (Abiec), Antônio Jorge Camardelli, disse que um dos desafios do setor, no Brasil, hoje é procurar alternativas para manter a competitividade em relação a outros países.
“No passado, o fator preponderante, que nos trazia vantagem competitiva, era o menor custo de produção. Mas isso muda num cenário de harmonização de preços externos”, afirmou. “O boi deixou de ser carro-chefe da competitividade”, acrescentou o dirigente, que atuava no frigorífico JBS e saiu para presidir a Abiec por um ano. Entre as alternativas, ele defende a internalização de tecnologias fabris para aumentar a competitividade na produção, por exemplo.
Outro ponto da “plataforma” de Camardelli na Abiec é buscar alternativas à União Europeia para os cortes nobres bovinos produzidos no Brasil. “Precisamos exportar cortes nobres para outras regiões que não a Europa”. A região restringiu de forma expressiva as importações do Brasil, impondo limites no número de propriedades certificadas para fornecer animais para abate e exportação da carne ao mercado europeu. Em sua visão, Japão, Coréia do Sul e Taiwan seriam mercados potenciais para esse produto brasileiro de maior valor.
Ele também defendeu uma solução rápida para o caso de resíduos em carne industrializada, que levou a recalls de produto brasileiro nos EUA. Isso permitirá, segundo ele, acelerar as discussões sobre exportação de carne bovina in natura ao mercado americano.
Para Camardelli, o fato de o Brasil ser um dos únicos países capazes de atender à demanda externa por carne pode amenizar a crise no setor de frigoríficos.
Frialto
A Assembleia Geral de Credores (AGC) do grupo Frialto foi marcada para o próximo dia 21, em Sinop/MT.
“Vamos mobilizar os credores para que compareçam, no maior número possível, na assembleia geral e quem não puder participar entregar uma procuração para uma liderança dos pecuaristas, para ser representado”, disse o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari. Ele explica que essa mobilização é importante para que “possamos conseguir as melhores condições nas negociações do plano”.
A empresa protocolou o pedido de recuperação judicial na Comarca de Sinop (MT), no dia 24 de maio. O grupo possui 8 unidades de abates em 5 Estados ( MT, MS, RO, SP, GO). A dívida do Frialto composto pelas sociedades Vale Grande Indústria e Comércio de Alimentos S.A., Agropecuária Ponto Alto LTDA. e Urupuá Indústria e Comércio de Alimentos LTDA é de R$ 564 milhões, sendo R$ 453 milhões com instituições financeiras, R$ 97 milhões com os pecuaristas, R$ 6 milhões trabalhista e R$ 8 milhões de frete.
Independência
Em mais um sinal de que sua situação financeira se agrava dia após dia, o Independência – em recuperação judicial – está devolvendo quatro unidades arrendadas da massa falida do antigo frigorífico Kaiowa. As plantas estão localizadas em Janaúba (MG), Anastácio (MS), Presidente Venceslau (SP) e Pires do Rio (GO).
A devolução foi acertada com o administrador da massa falida por conta da situação financeira da companhia. Desde junho, o Independência não pagava as parcelas do arrendamento, o que levou o síndico da massa falida, Arthur Freire, a pedir o despejo das unidades.
Além dessas quatro fábricas, o Independência arrenda outras seis e tem oito próprias no país. Hoje, apenas Nova Andradina (MS), onde tem produção de carne e couro, Colorado d´Oeste (RO), com couro, e Santana de Parnaíba (SP), com charque, estão operando parcialmente.
Depois da aprovação da recuperação judicial, o Independência havia voltado a operar também Rolim de Moura (RO) e Janaúba. Esta última, agora devolvida à massa falida do Kaiowa, era uma planta importante para o Independência, pois tem habilitação para exportar carne bovina ao mercado europeu. Os valores envolvidos no arrendamento dos ativos da massa falida do Kaiowa não estão sujeitos à recuperação judicial do Independência.
Além de não pagar o arrendamento das quatro unidades que está devolvendo, o Independência também informou, na semana passada, que não pagará os juros agendados sobre o eurobônus de US$ 165 milhões, com vencimento em 2015. O não pagamento gerou especulações no mercado de que a falência da companhia poderia ser requerida, já que mês passado o frigorífico também adiou em dois meses o pagamento de parcelas da dívida da recuperação judicial.
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Boa tarde pessoal, tudo bom com vocês?
Achei muito interessante este artigo, pois mostra, que estamos formando em um mercado de alta e isto significa oportunidades de empregos.
Um grande abraços à todos!
Att…
HENRIQUE DE FARIA MEDEIROS
TRILHA PLANEJAMENTO E ASSESSORIA EM PECUÁRIA- Nova Crixás,GO
ESTAGIÁRIO DE MEDICINA VETERINÁRIA
Podemos esperar a arroba do boi a 100,00 até o fim de Outubro? tudo indica que est é o caminho e com isso, não havera risco de uma freada brusca no consumo?!
Bom, Amigos
Neste Momento de oferta restrita o Boi deve seguir em alta…Como ja vimos
No entanto e preciso ressaltar que o periodo de chuva ja se aproxima, mais com um grande atraso. Com isso dificulta o arraçoamento alimentação diaria dos bovinos, Sabendo tambem que em algumas Localidades e Intalaçoes, a Lama e o barro pode Limitar um pouco o Consumo/cab/dia.
Quem tem boi fechado tem que liberar???
Como segue o mercado dai em diante? Firma a 100,00
Atenciosamente,,,
Clovis Resende
Zootecnista
62 3235-40 41/ 8413-2722
clovisresende@agrocria.com.br