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PR: loja de carnes pode abrir franquias

Com apenas 11 meses de vida, a loja de carnes Novilho Nobre, em Curitiba, introduziu no país a verticalização na produção de carne bovina e agora se prepara para expandir as atividades. A empresa está formulando um projeto para abertura de franquias e também de novas unidades próprias nos próximos anos.

O grupo comanda atualmente quase toda a cadeia produtiva da carne, desde a fazenda onde são criados os bois, passando pelo frigorífico, até a venda ao consumidor. Para 2003 está em construção a última etapa do projeto, que é o abatedouro, com investimento previsto de R$ 3,5 milhões.

O diretor da loja, James Michalchuk, conta que a empresa já foi procurada por grandes redes de supermercados, interessadas em comercializar o produto, mas estuda com cuidado a proposta. “Este seria um caminho de expansão, mas estamos mais propensos a optar por manter um negócio diferenciado, por meio de lojas próprias e franquias”. Seis empresários e investidores, vindos de Londrina, São Paulo, Campo Grande, Maringá, Blumenau e Cascavel, já procuraram o proprietário demonstrando interesse em ser franqueados. “Estamos desenvolvendo a formatação de futuras lojas, que seriam menores do que a primeira, que é piloto. Esse estudo deve estar pronto em 60 a 90 dias”, diz Michaltchuk.

De acordo com ele, devem ser abertas até o final do ano mais três lojas próprias em Curitiba. Com tudo isso a empresa pretende triplicar o faturamento de 2001. Para suprir as futuras unidades e franquias, a produção da fazenda deve ser ampliada em mais ou menos 40%. “Vamos montar um sistema de logística para que todas as lojas recebam, todos os dias, cortes frescos vindos do frigorífico”, planeja.

A idéia de vender carnes diferenciadas, buscando mais qualidade e oferecendo um ambiente mais agradável do que os açougues em geral, não é nova. A casa de carnes Domakoski já se empenha nisso há 46 anos. “Fui o primeiro a vender carne maturada (embalada à vácuo) na cidade”, diz o proprietário, Luiz Carlos Domakoski, cuja loja oferece também carnes exóticas, como javali e rã.

A novidade é o controle de toda a cadeia produtiva. “Controlando a produção do começo ao fim conseguimos manter sempre o mesmo padrão. O consumidor não vai encontrar uma carne boa num dia e dura no outro. Em qualquer dia que vier, a carne será macia e de qualidade”, garante o diretor da loja James Michaltchuk.

Segundo ele, o empreendimento nasceu do objetivo de valorizar a carne que o proprietário, Mariano Lemanski, já produzia em sua fazenda, em Balsa Nova, há cerca de oito anos. “Todo o cuidado que tínhamos com a produção de uma carne diferenciada se perdia na venda”, explica Michaltchuk. Para a construção do frigorífico e da loja foram investidos R$ 3,5 milhões.

A proposta deu certo. O faturamento de 2001 superou em 40% a expectativa inicial. O volume de carne bovina processada, que iniciou em 15 mil quilos por mês, fechou o ano em 40 mil, quando a previsão era de chegar a 25 mil ou 30 mil. Há quatro meses a loja iniciou um serviço de entrega em Curitiba e região metropolitana que já representa 15% do faturamento. “Notamos que a idéia pegou, agora estamos partindo para a segunda etapa, que é a de expandir o negócio e firmar a marca Novilho Nobre”, destaca.

A exportação de carne também está nos planos. Deve começar depois da conclusão das obras do abatedouro. O diretor explica que não há nenhum contrato fechado, mas já ocorreram visitas de holandeses e franceses. O frigorífico já tem inspeção federal e seu processo de produção será adequado a normas internacionais.

Diferencial

A carne da Novilho Nobre é de bois da raça Aberdeen Angus que, segundo o diretor da loja, James Michaltchuk, tem como principal vantagem o fato de que o animal fica pronto mais cedo para o abate. O boi atinge o peso ideal (cerca de 400 quilos) entre os 12 e 14 meses de idade, quando ainda não é adulto, apenas um novilho. “Ele fornece uma carne de qualidade e mais macia que as demais”, diz Michaltchuk.

O novilho é criado com alimentação balanceada e passa os últimos meses antes do abate em confinamento.

Além de carne bovina, o estabelecimento também vende carnes exóticas, peixes, bebidas, massas, temperos, acessórios para churrasco, livros de culinária, alguns tipos de frutas e verduras, queijo, presunto e até fogões italianos. Há ainda uma funcionária especialista em culinária que dá dicas de cozinha e receitas aos clientes.

Apesar da sofisticação, Michalchuk afirma que é uma impressão errada imaginar que a carne da loja seja mais cara do que no supermercado. “Porque as pessoas precisam comprar carne num ambiente sujo e mal cheiroso?”, pergunta. “Vendemos desde produtos que custam R$ 4,00 o quilo até os que custam R$ 20,00. No geral, o preço não chega a ser 10% acima do que é pago no supermercado. E se for considerar a limpeza da nossa carne, sem nervos, que pode ser aproveitada em 100%, sai até mais barato”, completa.

Fonte: Gazeta do Povo/ PR (por Deise Roza), adaptado por Equipe BeefPoint

1 Comment

  1. Christiano Oliveira disse:

    Gostaria de saber sobre abertura de franquias!