As cotações da arroba bovina ficaram estáveis ou em alta nesta quarta-feira (17/7), a depender da região de produção, e os Estados do Norte contam com o cenário mais promissor em meio a sinais de redução na oferta de gado.
“O destaque fica para o movimento deflagrado na região Norte, que começa a se deparar com escalas de abate mais apertadas”, disse Fernando Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado, embora as altas de preço do boi ainda não sejam explosivas.
No Pará, o preço do gado gordo fechou a R$ 201 por arroba a prazo, versus R$ 197,23 no dia anterior. Em Rondônia, a cotação saiu de R$ 184,30 por arroba para R$ 185,22, conforme dados da consultoria.
Em São Paulo, a arroba ficou praticamente estável ao passar de R$ 229,07 para R$ 229,37 a prazo. E, na média nacional, a Safras vê o preço do gado em R$ 215,15 por arroba, leve alta comparada aos R$ 214,49 por arroba cotados na véspera.
“Importante mencionar que a demanda por carne bovina segue aquecida, com forte ritmo de exportação e melhora dos indicadores de consumo doméstico”, acrescentou Iglesias.
Com uma visão menos otimista para o mercado interno, a consultoria Agrifatto avalia que, no atacado, a disponibilidade de carne com ossos e desossada tem aumentado, indicando que as vendas nesta segunda quinzena do mês estão abaixo das expectativas.
“Como resultado, os estoques estão ficando cheios e sem a previsão de esvaziamento. Fora isso, têm ocorrido devoluções de mercadorias devido a problemas de qualidade e carcaças de baixo padrão. Uma estratégia adotada pelos frigoríficos tem sido embarcar mercadorias sem destino e venda combinados, a fim de escoar os produtos das câmaras frias”, disse a Agrifatto em nota.
A carcaça casada do boi, referência da carne para o atacado, ficou estável em R$ 15,50 por quilo, mas há perspectiva de pressão por recuos de preço.
Fonte: Globo Rural.