A semana começou sem muitos negócios no mercado pecuário, com a maior das regiões brasileiras apresentando estabilidade nas cotações do boi gordo. Nesta segunda-feira (26/5), das 32 praças pecuárias acompanhadas pela Scot Consultoria, a arroba permaneceu com o mesmo preço da sexta-feira (23/5) em 21 delas.
Nas demais regiões, houve queda: Triângulo Mineiro, Goiânia (GO), Dourados (MS), Três Lagoas (MS), oeste da Bahia, sudeste de Mato Grosso, Santa Catarina, Alagoas, Paragominas (PA), norte de Tocantins e Rio de Janeiro.
Nas praças de referência de Araçatuba (SP) e Barretos (SP), o preço da arroba do boi gordo permaneceu em R$ 304 a arroba para o pagamento a prazo. As demais categorias (vaca, novilha e “boi China”) também não tiveram alterações nas cotações.
Segundo a Scot, o cenário nas praças paulistas é de ofertas razoáveis e demanda fraca pela carne bovina, afetando os abates. As escalas de abate nesta segunda-feira estavam, em média, para oito dias.
Em relação ao mercado de carne, a Scot destaca que, na última semana, as vendas estiveram em ritmo lento no setor varejista, repercutindo no mercado atacadista e gerando acúmulo nos estoques.
A cotação da carcaça do boi capão caiu 3,4% e a do boi inteiro caiu 3,0%. Para a carcaça casada das fêmeas, a cotação da vaca caiu 3,9%, e a da novilha caiu 3,2%. O destaque ficou o dianteiro. A cotação do boi capão caiu 4,6% e a do boi inteiro caiu 5,1%.
No mercado de carnes alternativas, o preço do frango médio caiu 6,6% ou R$ 0,53 o quilo. A cotação da carcaça de suíno especial caiu 2,4% ou R$ 0,30 o quilo.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destaca que saíram os dados parciais das exportações de carne bovina in natura em maio, até a última sexta-feira – 16 dias úteis. O ritmo dos embarques segue firme.
O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.177,70 a tonelada, o que equivale a aproximadamente R$ 29.357,39 a tonelada. Dessa forma, as cotações médias seguiram acima de US$ 5 mil a tonelada, conforme vinha indicando nas semanas anteriores. Na comparação com maio do ano passado (mês cheio), isso representa um avanço de 26,8% em reais.
O volume diário embarcado também cresceu. A média foi de 10.862,8 toneladas por dia, um aumento de 7,6% frente ao mesmo mês de 2024.
Segundo o Cepea, o ritmo aquecido segue ajudando a escoar e valorizar a produção brasileira de carne bovina, considerando o cenário que vínhamos abordando de consumo interno menos aquecido nessas últimas semanas.
Fonte: Globo Rural.