Nem a possibilidade de embarques recordes de carne bovina está fazendo a arroba do boi gordo se mexer em São Paulo, indica o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Os preços na praça continuam oscilando ao redor de R$ 250. Ao longo do mês, a mínima foi de R$ 248,55 e a máxima, R$ 255,50.
Em nota, os pesquisadores afirmam que a oferta de boi gordo é incerta por conta do clima, enquanto a demanda interna se estabilizou e as exportações estão aumentando.
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) indicam que as exportações de carne bovina in natura alcançaram 86,8 mil toneladas nas primeiras duas semanas de janeiro. A média diária foi de 9,65 mil toneladas, um aumento de quase 25% em relação à média de janeiro de 2023, o que sinaliza a possibilidade de um novo recorde em volume para o mês.
Segundo a consultoria Agrifatto, os envios de carne bovina à China, principal parceiro comercial do país, estão limitados aos volumes negociados em 2023, pois os importadores do país asiático estão oferecendo cerca de US$ 4.200 por tonelada do dianteiro bovino, bem abaixo do que esperam os exportadores e cerca de 9,1% menor do que vinha sido negociado no mês passado.
A Agrifatto sinaliza que a oferta de animais prontos para o abate está limitada, mas a indústria também conta com escalas confortáveis e o escoamento da carne no mercado doméstico está lento.
No Centro-Oeste, os preços da arroba cederam à pressão da indústria: Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul tiveram recuos de 1,8%, 0,6% e 0,4%, cotados a R$ 229,10, R$ 211,40 e R$ 231,90, respectivamente, no comparativo semanal.
Na B3, todos os contratos recuaram. O vencimento para janeiro de 2024 ficou em R$ 243,30 por arroba, desvalorização de 0,3%.
Fonte: Globo Rural.