O preço da arroba bovina começou a semana com leve queda, enquanto pecuaristas e frigoríficos seguem na tentativa de encontrar um equilíbrio para as cotações do gado gordo. Em contrapartida, em Mato Grosso, o valor do bezerro baixou nos últimos meses, indicando melhora no poder de compra para o produtor rural que busca animais para reposição do rebanho.
O indicador do boi gordo Cepea/B3 fechou a R$ 230,70 por arroba na segunda-feira (15/4), recuo de 0,22% no comparativo diário.
Na avaliação da consultoria Agrifatto, apesar do desempenho do mercado físico ontem, os pecuaristas ainda estão em vantagem para conseguir reter mais oferta e impulsionar os preços, devido às boas condições das pastagens. “[Isso] tem proporcionado uma posição mais favorável nas negociações”, afirmou em nota.
Em Mato Grosso, a cotação do animal terminado teve um ajuste positivo de 1,1% na comparação semanal, atingindo R$ 212,50 por arroba, de acordo com a Agrifatto. Lá, as programações de abate estão em torno de sete dias úteis nas indústrias frigoríficas.
Na B3, os futuros continuam registrando valorizações nos ajustes diários, com o vencimento para abril de 2024 cotado a R$ 235,20 por arroba, um aumento de 0,79%.
No primeiro trimestre deste ano, os preços dos animais de reposição (bezerro) e do gado gordo reduziram, devido ao ritmo acelerado nos abates de matrizes, que resultou em queda de 15,22% na arroba bovina em Mato Grosso comparada ao mesmo período de 2023.
Entretanto, o bezerro de ano passou por uma desvalorização mais intensa neste período, que chegou a 21,48% no Estado detentor do maior rebanho nacional, conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Isso significa que o pecuarista que busca este animal para reposição obteve uma melhora em seu poder de compra.
“Foi a melhor relação de troca para um primeiro trimestre nos últimos 10 anos”, avaliou o Imea em relatório. Esse cenário favoreceu a retenção de bovinos para engorda, aumentando a margem de cria.
“Para o segundo trimestre, é comum que os preços de reposição passem por redução sazonal, devido ao ajuste na taxa de lotação nos pastos. No entanto, se o volume de chuvas prolongar este ano, essa situação pode se alterar, mantendo as pastagens com bom aproveitamento nos próximos meses”, ressaltou o instituto.
Fonte: Globo Rural.