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Milho e soja ainda poderão influenciar inflação em 2013

Nos últimos 12 meses encerrados em janeiro, o IPCA de alimentos e bebidas ficou em 11,07%, o IPCA geral subiu 6,15%.

A contribuição dos preços dos alimentos para o combate à inflação será limitada em 2013 e o IPCA anual do grupo alimentos e bebidas deve permanecer igual a 2012, ao redor de 9% ou 10%, segundo conclusão do conselho de ministros reunido ontem (26) para discutir a reestruturação da política federal de estoques públicos. Nos últimos 12 meses encerrados em janeiro, o IPCA de alimentos e bebidas ficou em 11,07%, o IPCA geral subiu 6,15%.

Os preços dos alimentos em algumas cadeias devem permanecer em alta, sobretudo soja e milho. No trigo, cuja produção terá uma quebra estimada em 25% neste ano, haverá um pequeno estresse porque não há estoques nem excedentes no mundo. Mas não deve haver problemas com abastecimento no país nem com a renda dos produtores. O cenário será de médio para bom, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento.

As cotações do milho, base para a alimentação dos rebanhos bovino, suíno e avícola, devem seguir em alta até o segundo semestre. O grão terá preço inferior ao registrado em 2012, mas ainda assim, será alto. Para o consumidor, O governo avalia que o cenário de preços de milho não é tão ruim. A ressalva é que as indústrias processadoras de carne já absorveram esses custos mais elevados da matéria-prima. Além disso, o país deve exportar menos do que as 20 milhões de toneladas de 2012 e o estoque será bom em razão de sua recomposição promovida a partir de agora. As carnes também devem ficar mais baratas, mas a melhora para inflação será em 2014.

Com a expansão do cultivo de soja, muitos alimentos básicos acabam perdendo espaço. O governo está atento para recompor os estoques e dar sustentação de preço para os produtores que necessitam, principalmente nas culturas que são necessárias para ir à mesa do consumidor. A produção agrícola nacional cresce nos últimos anos, mas a logística não consegue acompanhar. É importante a equipe econômica, junto com o Ministério da Agricultura, estarem ligados para resolver essas questões, como implementar ações do governo na tentativa de melhorar a infraestrutura para escoar a produção.

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