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Pressão sobre arroba aumenta e preço enfraquece

A pressão sobre as cotações da arroba foi intensificada nesta semana. Com ritmo ainda lento de negociações, desde a reposição até o atacado, operadores de todos os segmentos da cadeia se mostram receosos para fechar novos negócios, participando do mercado apenas quando necessário.

A pressão sobre as cotações da arroba foi intensificada nesta semana. Com ritmo ainda lento de negociações, desde a reposição até o atacado, operadores de todos os segmentos da cadeia se mostram receosos para fechar novos negócios, participando do mercado apenas quando necessário.

Com a liquidez baixa, as médias diárias da arroba têm registrado pequenas quedas diárias, mesmo com a oferta de animais relativamente restrita. O enfraquecimento das negociações no spot também está atrelado ao fato de muitos frigoríficos estarem recebendo animais de contratos já fechados anteriormente.

Nessa terça-feira, 10, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa fechou a R$ 92,07 (à vista, São Paulo) queda de 0,97% entre 3 e 10 de julho. Dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea, as únicas que registraram movimento de alta em sete dias foram Bauru (SP), de 0,39%, e Rio Grande do Sul, de 0,45%. Nas demais praças, houve queda nos preços. Os recuos mais intensos foram verificados em Rondônia, de 2,6%, e em Goiânia, de 2,2%, com as médias a R$ 83,99 e a R$ 82,52, respectivamente, nessa terça.

Agentes do mercado têm especulado sobre o volume de animais que deve ficar pronto na segunda etapa de confinamento. Alguns operadores comentam que a insatisfação de pecuaristas em relação aos preços da arroba neste ano, especialmente quando considerado o custo da engorda, teria levado à diminuição do interesse pelo confinamento, cenário que pode refletir em menor oferta de animais confinados nesta fase.

Por outro lado, muitos frigoríficos têm confinamentos próprios, com animais que devem ficar prontos nas próximas semanas. Esse cenário reduziria a demanda por animais no mercado spot e, consequentemente, corroboraria a pressão sobre as cotações.

No mercado atacadista de carne com osso da Grande São Paulo, os preços subiram nos últimos dias. Entre 3 e 10 de julho, a carcaça casada do boi valorizou 2,93%, fechando a R$ 5,97/kg nessa terça-feira. Os preços do dianteiro e da ponta de agulha registraram os maiores aumentos no período, de 4% e de 4,86%, comercializados a R$ 5,20/kg e a R$ 4,53/kg, respectivamente. Para o traseiro, houve valorização de 1,89%, a R$ 7,00/kg. A média da carcaça casada de vaca reagiu 2,78%, a R$ 5,55/kg.

Dentre as carnes substitutas, a suína se destacou, com forte queda de 3,09% em sete dias no preço da carcaça comum, que foi comercializada a R$ 3,10/kg na terça. Para o frango resfriado, houve leve reação de 0,68%, a R$ 2,74/kg na terça.

Quanto às exportações, foram embarcadas 74,2 mil toneladas de carne bovina in natura em junho, volume 4,5% inferior frente ao de junho/11. No acumulado do primeiro semestre, a quantidade exportada, de 413 mil toneladas, é 1,6% maior que a do mesmo período de 2011, de 407 mil toneladas.

Em relação à receita, o montante de junho foi de US$ 346,6 milhões, 9,7% inferior ao adquirido em junho/11. Já se considerado o valor recebido por frigoríficos brasileiros, em reais, a receita deste ano totaliza R$ 710,53 milhões, 17% superior à verificada em junho/11.

No mercado de reposição, o Indicador do bezerro ESALQ/BM&FBovespa (MS) fechou a R$ 696,71 na terça, queda de 1,35% de 3 a 10 de julho.

Fonte: Bloomberg, adaptada pela Equipe BeefPoint.

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