Depois de subir em julho após registrar variações interanuais negativas desde março, sob os reflexos negativos da pandemia do novo coronavírus, o Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) se manteve em terreno positivo em agosto, mas o resultado foi tímido.
O indicador subiu 0,3% ante o mesmo mês de 2019, ainda sustentado pelo setor de alimentos e bebidas, que cresceu 6,7%. Mas a alta foi contida pela área de produtos não alimentícios, onde houve recuo de 6,5%. Em relação a julho deste ano, o avanço do PIMAgro foi de 0,7%.
O índice é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV.
O FGV Agro destaca que, mesmos com os avanços de julho e agosto, nos oito primeiros meses do ano a queda acumulada ante o mesmo período do ano passado foi de 3,9%. Mas que, se não fosse o fraco desempenho do segmento de produtos não alimentícios (que registrou queda de 11,3%), o setor agroindustrial “estaria operando em campo positivo” também nesta comparação, já na área de produtos alimentícios e bebidas houve crescimento de 2,9%.
No segmento de produtos não-alimentícios, contudo, os principais problemas continuaram a ser observados nos ramos de produtos têxteis (queda de 17,3% em agosto ante o mesmo mês de 2019), biocombustíveis (-13,6%) e borracha (-5%).
Fonte: Valor Econômico.