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Produção de rações vai a 61 mi de toneladas em 2012

De acordo com um recente estudo da Frost & Sullivan, o setor brasileiro de nutrientes para rações animais pode alcançar um faturamento de US$ 383 milhões (cerca de R$ 800 milhões) em 2012.

De acordo com um recente estudo da Frost & Sullivan, empresa internacional de consultoria e inteligência de mercado, o setor brasileiro de nutrientes para rações animais pode alcançar um faturamento de US$ 383 milhões (cerca de R$ 800 milhões) em 2012. A produção deve chegar a 61 milhões de toneladas no mesmo período – o que significa um crescimento da ordem de 2 milhões de t por ano, o maior proporcionalmente em comparação a outros insumos no período.

Para Marcos Mantelato, diretor do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), os números apontados pela empresa são factíveis. “A idéia de crescer nessas proporções é possível. Nos últimos 20 anos a indústria cresceu, em média, 8% ao ano. Isso ocorreu por causa da demanda consistente da população e também do incremento das finanças das classes C e D, maiores consumidoras de carne de frango e boi do país”, afirma Mantelato.

Segundo o executivo, para crescer nesse ritmo é preciso que as cotações da carne brasileira sofram uma elevação de, pelo menos, 10%. “Para o preço da carne subir, é preciso que o preço de alguns grãos também suba. Entretanto, isso está diretamente relacionado com a demanda de milho pelos Estados Unidos e de soja pela China”, diz Mantelato. “Em 2006, o milho respondeu por 56% da demanda de macronutrientes, e o farelo de soja representou 20%”, conta ele.

De acordo com um balanço do Sindirações, a produção nacional de rações em 2006 foi de 48,3 milhões de toneladas. Desse total, 27 milhões foram para a avicultura, 13 milhões para a suinocultura, 5,3 milhões para a bovinocultura e 1,6 milhão para o segmento de Pet Food (alimentação para animais domésticos), que cresceu 9% nos últimos 12 meses.

Para 2007, o sindicato prevê que a produção brasileira fique em 51,4 milhões de toneladas, sendo 28,9 milhões voltados às aves, 13,8 milhões aos suínos e 5,6 milhões aos bovinos.

Por ingredientes, a previsão do Sindirações é que milho lidere a demanda este ano, com 29,404 milhões de toneladas, seguido por farelo de soja, com 9,671 milhões de toneladas, farelo de trigo (2,944 milhões de t) e farinha de carne (2,642 milhões de t).

A notícia é de Paulo de Alencar, para o Diário do Comércio, Indústria e Serviços.

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