As diferentes estratégias usadas para incrementar a produção in vitro de embriões (PIVE) nos rebanhos bovinos do estado é o tema da palestra que será ministrada por Fabiana Melo Sterza, professora da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) no II Simpósio Repronutri – Reprodução, Produção e Nutrição de Bovinos: a pesquisa aplicada ao campo.
“O bezerro nascido a partir da PIVE é melhor porque o pai e a mãe são superiores geneticamente. A velocidade de ganho por aumento da produtividade é bem maior”, afirma. Para a pesquisadora e médica veterinária, há algum tempo as técnicas de PIVE eram utilizadas basicamente por produtores que possuíam animais puros de origem. “Hoje, nós já temos a inclusão de algumas técnicas em que ovários de frigoríficos são utilizados na produção de embriões, com sêmen de altíssima qualidade para a produção de bezerros de corte – tudo isso aliado, ainda, ao uso do sêmen sexado. Conseguimos, assim, aumentar muito o valor genético do animal”.
Segundo informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Brasil é considerado atualmente o maior produtor de embriões bovinos in vitro do mundo, produzindo cerca de 320 mil unidades por ano – o que representa 50% do mercado mundial. De acordo com Fabiana, aproximadamente dez mil embriões in vitro foram produzidos no estado em 2015.
Ainda segundo o MAPA, além das exportações realizadas para países como Moçambique, Costa Rica e Etiópia, o Brasil foi autorizado no segundo semestre deste ano a vender embriões bovinos produzidos in vitro também para o Paraguai. “Nós temos no país mais de 40 laboratórios. Só em Mato Grosso do Sul existem cinco que trabalham com a produção in vitro de embriões”, ressalta a pesquisadora.
Fonte: Embrapa, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.