O preço do gado da região peripantaneira de Mato Grosso do Sul será discutido hoje, na Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul). A reunião foi convocada pela Comissão de Pecuária, e deve contar com pecuaristas de Aquidauana, Miranda e outros municípios que reclamam que há diferença entre o preço praticado na região em relação a outras praças.
Conforme a assessoria de imprensa da Famasul, a principal justificativa para a diferença de pagamento é a falta de rastreabilidade. Contudo, conforme o presidente da entidade, Leôncio Brito, somente 10% do gado abatido no Brasil são destinados à exportação e, deste percentual, 4% são encaminhados para a comunidade européia, onde há obrigatoriedade de rastreabilidade.
Conforme a diretora da Famasul, Tereza Corrêa da Costa, os pecuaristas reclamam que os frigoríficos estão forçando o desconto de até R$ 3,00 por arroba porque nos municípios não há o trabalho de rastreabilidade.
Os frigoríficos estariam se beneficiando do fato de os municípios serem considerados como zona tampão pela Organização Internacional de Epizzotias (OIE). “Naquela região são produzidas 7,7 milhões de cabeças de gado. É muito gado e os frigoríficos estão utilizando este artifício para derrubar o preço da arroba, o que dá até R$ 45,00 por cabeça”, afirmou a diretora.
Fonte: Campo Grande News (por Sandra Luz), adaptado por Equipe BeefPoint