Em novembro de 2022, 27% dos produtores rurais do país estavam negativados, segundo levantamento inédito feito pela Serasa Experian. O percentual é bem mais baixo que a taxa geral da população adulta negativada, de 43%.
“Mesmo com os reflexos da pandemia e da instabilidade econômica, o agronegócio se mostrou forte e seguiu ocupando lugar como um dos principais motores econômicos do país”, diz, em nota, o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta.
Ele também reforça que “a inadimplência é um fator financeiro que acontece em todas as áreas e, quando olhamos para a fatia do agro, podemos perceber sua baixa representatividade. A maior parte dos produtores rurais brasileiros conseguem evitar a negativação e continuam gerando empregos, cultivando e expandindo seus ganhos e mitigando os riscos de suas negociações”.
Os dados do estudo revelam, ainda, que em novembro de 2022 a região Sul registrou a menor fatia de negativação rural, com 14,8%. O Sudeste veio logo em seguida, com 24,4%. Depois apareciam as regiões Centro-oeste (30,4%), Nordeste (32,9%), e Norte (38,4%).
Entre os Estados, a inadimplência dos produtores rurais se mostrava maior do que a da população geral em novembro somente no Maranhão e em Roraima.
O estudo analisou 9 milhões de perfis de pessoas físicas que constam no Cadastro Positivo e que são donos de propriedades rurais e/ou que possuam empréstimos e financiamentos da modalidade rural e/ou agroindustrial distribuídos em todas as 27 Unidades Federativas do país.
Fonte: Valor Econômico.