Produtores catarinenses reclamam de concorrência desleal com a entrada de carne bovina de outros estados. A Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc) quer que o governo do Estado adote medidas fiscais e maior controle do produto.
Uma das exigências é cobrar a diferença de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o valor de origem e o valor comercializado em SC, que é maior. Esta medida já foi adotada pelo Rio Grande do Sul. Para os diretores da Faesc, Nelto de Souza e Enori Barbieri, os outros estados estão exportando carne de primeira e enviando produto de segunda linha para SC, com preços abaixo do mercado local.
Eron Baldissera, de Chapecó, disse que já chegou a vender boi vivo a R$ 66 a arroba. Atualmente o preço está em R$ 56. O quilo vivo chega a R$ 1,70 a R$ 1,75. Ele afirmou que para o produtor ter lucro a arroba deveria estar em R$ 75. A redução de preço que pode conquistar o consumidor acaba enganando-o, pois está comprando uma carne de baixa qualidade, destacou. “Estão levando gato por lebre, pois não diferenciam carne de vaca de um novilho precoce”. Ele disse que o produto deveria conter informações como origem. A rotulagem dos produtos também é reivindicada pela Faesc.
De acordo com a entidade, o estado produz 130 mil toneladas de carne bovina por ano e importa outras 70 mil toneladas para atender a demanda.
Fonte: Diário Catarinense, adaptado por Equipe BeefPoint