O PAINT (Programa de Avaliação e Identificação de Novos Touros), criado e desenvolvido pela Lagoa da Serra completou dez anos de atividades, com 70 mil matrizes Nelore e 72 rebanhos distribuídos em 14 estados brasileiros e no Paraguai.
O PAINT foi o primeiro programa de melhoramento genético animal desenvolvido por uma empresa do segmento de inseminação artificial. “Isso reitera o pioneirismo e o caráter técnico da Lagoa da Serra, principalmente porque, quando iniciamos em 1994, o melhoramento não era uma questão presente na realidade do pecuarista. Os únicos programas privados existentes eram de grandes agropecuárias, como CFM e Jacarezinho, somente da raça Nelore. O PAINT surgiu nesse contexto para mostrar os benefícios do uso de touros provados e fortalecer a mentalidade de valorização de animais com qualidade superior”, avaliou Maurício Lima, gerente de Desenvolvimento de Produtos e Exportação da Lagoa da Serra, um dos mentores do programa, juntamente com o zootecnista Fábio Dias, atual coordenador de pecuária da CFM.
Para Lima, a maior conquista do Programa, depois de dez anos, foi ter convencido o mercado de que animais de qualidade superior valem mais e o fato de que a marca PAINT tornou-se sinônimo de qualidade juntamente com o CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção), emitido pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária).
Para o supervisor do PAINT, Marcelo Almeida, o programa está em franca expansão e o tamanho do rebanho avaliado – 70 mil animais – atesta a sua maturidade. “É um programa de melhoramento genético formulado para maximizar o processo de seleção nas reais condições brasileiras. A produção de carne no Brasil só será sustentada por um sistema simples e econômico, com base em pastagens e, para isso, precisamos de animais que estejam prontos para produzir nessas condições”, analisou.
Raças européias
Com as avaliações para a raça Nelore em estágios avançados e consolidados, o PAINT inicia mais uma década com uma novidade: avaliação de animais de raças européias. “Decidimos expandir a metodologia do programa de seleção para outras raças para que deixemos de ser importadores de informações e passemos a produzir os dados cruciais para nossas atividades, sob condições nacionais, atendendo aos interesses da pecuária do País”, afirmou Almeida.
Segundo ele, a partir do início do próximo ano, serão divulgados dados de progênie de desmama de reprodutores Angus, Brangus, Senepol, Bonsmara e Simental. A ampliação do programa utilizará os mesmos 65 parceiros da avaliação em Nelore e os primeiros dados serão divulgados a partir de 5 mil matrizes. “O PAINT, para o europeu, irá derivar também para a emissão do CEIP aos programas de melhoramento genético de qualidade reconhecida, para bezerros desses cruzamentos, que despontarem como reprodutores, entre os 20% melhores animais de cada safra”, apostou Almeida.
Para Lima, o fato de o PAINT ter evoluído tanto nos últimos anos comprova que a decisão de lançar um programa de melhoramento genético para raça Nelore, em 1994, foi acertada, mesmo parecendo algo impossível para a época. “Durante o 4º Leilão PAINT MS, realizado em setembro, em Campo Grande, MS, conseguimos médias de preços excelentes, acima da média geral de outros remates e isso é um atestado de que temos feito um trabalho que realmente atende às necessidades dos pecuaristas brasileiros. Com a expansão do Programa para outras raças, pretendemos ajudar a pecuária nacional a produzir cada vez mais e com profissionalismo”, acrescentou Lima.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Lagoa da Serra, adaptado por Equipe Beefpoint