As projeções da OCDE e da FAO por produtos ilustram como o Brasil continuará como ganhador no comércio agrícola global nos próximos anos.
Para as carnes, por exemplo, a previsão do relatório é que em 2027, a produção mundial deverá ter aumentado 15% em relação aos últimos dez anos. Essa produção suplementar virá em 76% dos países em desenvolvimento, com alta significativa da produção de frango. Consumidores nos países em desenvolvimento deverão elevar e diversificar o consumo, podendo escolher em alguns casos carnes mais caras, como de bovinos e de ovelha.
Os principais exportadores, o Brasil e os EUA, deverão pesar ainda mais nesse segmento e representar 45% das vendas globais de carnes. A demanda continuará forte na Asia, sobretudo nas Filipinas e no Vietnã. Os grandes importadores incluem a China, Coreia do Sul e Arabia Saudita. Até 2027, o preço de carnes deverá aumentar progressivamente em termos nominais, mas declinar em termos reais.
Para os cereais, a previsão é que a produção mundial deverá crescer 13% entre hoje e o ano de 2027, graças a ganhos de produtividade. A Rússia vai estar mais presente no mercado internacional de trigo — o país já superou a União Europeia na exportação do cereal. A fatia de Brasil, Argentina e Rússia no mercado de milho deverá aumentar e a dos EUA diminuir. Tailândia, Índia e Vietnã seguirão como principais fornecedores de arroz no mercado internacional.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.