Quarentena: resultado de nova sorologia no RS deve sair esta semana

O Ministério da Agricultura fará novos exames sorológicos em 704 bovinos de 13 cabanhas gaúchas antes de permitir o embarque dos animais para os compradores de outros estados. Embora seus testes tenham apresentado resultado negativo após 30 dias de quarentena, eles tiveram contato com cerca de 30 exemplares que registraram algum tipo de reação aos testes. Outros 130, negociados por nove propriedades desde a Expointer, em setembro, já tiveram o trânsito liberado.

Segundo o delegado do ministério no Rio Grande do Sul, Flávio Vaz Netto, os novos resultados deverão sair esta semana. Em seguida serão novamente analisados os animais que apresentaram reação à sorologia. Netto não acredita que os testes significam atividade viral, já que o acompanhamento clínico dos exemplares não registrou qualquer sintoma de aftosa. “Pode ser reação à própria vacina”, diz.

Segundo o delegado, técnicos do ministério estarão esta semana em Porto Alegre para avaliar a situação do Estado, mas a condição de zona livre de aftosa com vacinação, com o conseqüente fim das quarentenas, só deve ser recuperada em outubro.

Vacinação

O Estado do Rio grande do Sul completou uma semana do início da vacinação contra a aftosa. Um levantamento do Departamento de Produção Animal (DPA) da Secretaria da Agricultura do RS indica que, até ontem, foram imunizados entre 30% e 35% do total estimado de 13,5 milhões de bovinos e bubalinos. A região mais avançada é a da Fronteira-Oeste, onde localizam-se as maiores propriedades destinadas à pecuária.

O ritmo está mais lento nas regiões Noroeste e Serra, caracterizadas por minifúndios. “O trabalho está dentro do esperado devido à conscientização do produtor quanto a importância de uma vacinação rápida e homogênea”, afirmou o chefe da Divisão de Fiscalização da Defesa Animal da SAA, Léo Verbist. O encerramento da campanha segue previsto para o dia 28 de fevereiro. Os agricultores enquadrados no Pronaf, com renda de até R$ 40 mil/ano, terão doses pagas pelo Estado. Serão disponibilizadas 4,5 milhões de vacinas, que custarão ao governo R$ 3,1 milhões.

Fonte: Valor Online e Correio do Povo/ RS, adaptado por Equipe BeefPoint