Não se sabe que tipo de moção – e se está havendo, de fato – do governo brasileiro junto ao governo chinês para que este levante a paralisação das compras, embargadas após as notificações de caso de vaca louca atípica em bois.
Mas perto de completar 30 dias, nada se sabe no mundo real da pecuária, e, certamente, o caso já não está mais ligado a alguma pendência técnica.
E ainda terá um feriadão de 7 dias na China, de 1 a 7 de outubro, o do Dia Nacional, que vai deixar mais tempo o mercado no limbo.
Quando da mesma doença notificada em 2019, 13 dias depois a China já havia levantado o embargo.
Mas o mundo não conhecia a pandemia da covid e, com ela, o aumento do tom crítico do governo Bolsonaro – dele próprio, de ministros e filhos -, em relação ao “vírus chinês” e à coronavac, por extensão da disputa política com o governador João Dória.
Mesmo a questão da banda larga 5G, que o Brasil já havia comprado as críticas de Donald Trump, ainda era absorvível.
Algumas fontes, que pedem sigilo diante de posições nacionais no setor bovino e próximos do governo, começam a pensar que há algo mais diplomático e comercial que uma simples vaca louca, de resto aceita prontamente como atípica pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, da sigla em inglês).
Rodrigo Albuquerque, consultor e analista, diz ter ouvido isso também, em despacho para seus assinantes do Mini Front.
Em 22 de setembro, Money Times solicitou ao Mapa várias respostas, de se a China havia feito alguma manifestação oficial quando aos prazos de liberação a se havia alguma objeção em discussão, entre outras. Os acordos bilaterais de anos existem também para isso.
Nenhuma foi respondida até agora.
Enquanto isso, o grande comprador fica de fora, o boi não avança em um época que era para andar mais, e as compras dos frigoríficos são modestas para as necessidades locais e de outros mercados.
Fonte: Money Times.