O rebanho bovino de Mato Grosso cresceu 7,6%, de 2000 para 2001, passando de 18.812.381 cabeças para 20.232.984 animais, um saldo de 1.420.603 animais, o que corresponderia a um aumento mensal de 118.383 reses. Os números foram revelados ontem pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), com base na vacinação contra a febre aftosa realizada no ano passado.
Vacinação
Mesmo com o problema da falta da vacina, que atingiu todo o País, o Mato Grosso fechou a campanha com 97,2% de imunização. Do rebanho de 20.232.984 cabeças, foram vacinados 19.673.516 animais. O presidente do Indea, Ênio José de Arruda Martins, acredita que esse índice de 97,2% ainda pode melhorar, com a chegada, à administração central de comunicação, de dados de vacinação dos criadores retardatários.
A vacinação de animais de mamando a caducando revelou uma surpresa: Juara assumiu a liderança individual da pecuária mato-grossense, concentrando um rebanho de 744.776 animais. Pela ordem, os outros nove municípios com maiores rebanhos no Estado são Cáceres (720 mil cabeças), Pontes e Lacerda (615.015), Vila Bela da Santíssima Trindade (602.974), Alta Floresta (539.676), Juína (428.941), Santo Antônio do Leverger – Baixada Cuiabana (425 mil), Canarana (419.010), Barra do Garças (403.203) e Água Boa (com 401.231 cabeças).
Circuito Pecuário
Cuiabá será a sede no próximo mês de dois dias de reuniões anuais do Circuito Pecuário do Centro-Oeste, que reúne São Paulo, Paraná, partes de Minas Gerais e Tocantins, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso. As reuniões do mais importante circuito da pecuária do Brasil devem acontecer nos dias 21 e 22. A pauta ainda está sendo definida, mas deverá predominar o debate sobre a sanidade animal do rebanho brasileiro, com destaque para o combate à febre aftosa.
Raiva animal
Devido à morte por raiva de 800 bovinos na região de abrangência da represa da usina hidrelétrica de Manso, nos municípios de Rosário Oeste e Nobres, no Mato Grosso, bois, cavalos, cães e gatos serão vacinados contra a raiva animal em uma área que está sendo mensurada desde ontem pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea).A raiva animal não tem cura, depois que ocorre a desincubação do vírus da doença no cérebro da pessoa ou do animal, a morte é irreversível. A vacinação de todos os animais da área onde surgiu o foco vai começar imediatamente, segundo técnicos do Indea. O custo da vacina é de R$ 0,20 a dose.
Fonte: Diário de Cuiabá (por Nelson Severino), adaptado por Equipe BeefPoint