Atacado – 06/02/08
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8 de fevereiro de 2008

Redução de lista é criticada pela CNA

O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, criticou a redução das fazendas na lista que será enviada à União Européia. Ele disse que o governo deveria manter as 2.681 fazendas. "As deficiências são burocráticas, não técnicas. Ou o governo mantém as 2.681 fazendas ou não manda nada", disparou.

O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, criticou a redução das fazendas na lista que será enviada à União Européia. Ele disse que o governo deveria manter as 2.681 fazendas. “As deficiências são burocráticas, não técnicas. Ou o governo mantém as 2.681 fazendas ou não manda nada”, disparou.

Para o secretário da Agricultura de Minas Gerais, Gilman Viana Rodrigues, que participou da reunião com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, a exigência da UE de credenciar apenas 300 propriedades fere as regras internacionais de comércio. “Não pode haver discriminação”, argumentou.

Na Europa, os consumidores já sentem no bolso os reflexos do embargo a carne brasileira. Em alguns países, os preços subiram até 20%, segundo o professor da Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), Sérgio De Zen. “A expectativa é de novas altas. O Brasil é um grande fornecedor e nenhum outro país tem capacidade para ocupar esse espaço no curto prazo”, destacou.

Por isso, ele acredita que a pressão para o fim do embargo virá do consumidor europeu. “Não será possível agüentar essa situação por muito tempo”, disse em reportagem de Fabíola Salvador, do jornal O Estado de S.Paulo.

0 Comments

  1. José Leonardo Montes disse:

    Eu já estou cansando de ver alguém que tem um cargo para somente encher a vaga e não resolvem nada. De que adianta este fórum, que não tem nenhum respaldo? Porque os secretários de estado não passam a exigir mais do Mapa? Por uma questão até de perca de renda dos estados? O RS, já está se organizando e fazendo valer sua rastreabilidade com a intervenção do governo estadual, e assim tem que ser no resto do Brasil. Vamos deixar os politiqueiros de lado esse povo tem que se preocupar com o bem estar do povo brasileiro e não do rebanho nacional, é uma vergonha.

  2. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Estes supostos líderes da classe pecuária deveriam aproveitar o acesso ao Ministro para dar-lhe a mão e ajudá-lo a sair do lodaçal em que ele se meteu a contragosto, sem nada ter a ver com o abacaxi.

    Mostrem a ele que temos um sistema robusto que inclui toda a classe pecuarista. A diferença entre um e outro produtor aparece no frigorífico, quando as carcaças são classificadas.

    O sistema que existe há vários anos é o trace-back com a GTA e a marca do criador. Surpreendentemente, ele funciona há décadas, simplesmente porque nenhum gênio, aprendiz de feiticeiro com escasso conhecimento da realidade pecuária brasileira, tentou mexer.

    Chega de incompetência, deixem-nos trabalhar.

    SISBOV? Não brinco mais!

  3. Edson Nilo Padilha Freitas disse:

    É uma pena este imbróglio que nos metemos com a UE. Nossos produtores estão cada vez mais especializados e de olho no mercado, que nem seria preciso elaborar lista para saber quais propriedades estariam aptas a exportação, pois não é um documento de rastreabilidade que habilita uma carcaça a ser exportada, e sim sua conformação, cobertura de gordura e rendimento.

    Temos gente demais metendo o bedelho e gritando em nome dos produtores, mas gente de menos trabalhando para solucionar a questão do embargo.

    Nosso governo é tão inexperiente nas questões de mercado, que não está se aproveitando do que está acontecendo na Europa com o aumento de preços. Se não temos habilidade política, pelo menos tenhamos de marketing.

    Devemos nos aproveitar que o consumidor europeu está sentindo no bolso e pagando a conta pelo embargo, e vamos entupir de manchetes em seus jornais que a alta de preços está sendo impulsionada devido a esta reserva de mercado que os produtores ingleses e irlandeses vem brigando para que aconteça, que o próprio consumidor vai forçar o fim do embargo.

    Mas façamos isto rápido, antes que outros mercados exportadores aproveitem esta brecha e supram a necessidade européia de carne.

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