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Reflexos da crise: Rússia quer negociar preços da carne

Com negócios parados com a Rússia, que tenta negociar prazos e preços, e cargas paradas nos portos exportadores brasileiros podem ter de redirecionar seus produtos para outros mercados.

Com negócios parados com a Rússia, que tenta negociar prazos e preços, e cargas paradas nos portos exportadores brasileiros podem ter de redirecionar seus produtos para outros mercados.

O diretor-executivo da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), Luis Carlos de Oliveira reconheceu que houve aumento na oferta de carne brasileira na Rússia e que a falta de crédito gera o risco de quebra de contratos. Geralmente, nos negócios com empresas brasileiras, os russos pagam 30% na compra e o restante quando a mercadoria chega ao destino. Mas esses 30%, segundo Oliveira, não cobrem os custos de estocagem nem de retorno do produto, no caso de devolução.

Além do crédito escasso na Rússia, a desvalorização do real ante o dólar – e do rublo russo diante da moeda americana – também explica a estratégia dos importadores de querer renegociar contratos.

Ontem, o assunto foi o mais comentado entre os brasileiros que estão no Sial, em Paris. Suinocultores, avicultores e pecuaristas alertam que mesmo com os exportadores pressionando pela redução de preço, os brasileiros não aceitam desvalorizar o produto.

Oliveira acredita que 2008 deve fechar com redução de 15% nos embarques. Em compensação, a receita subirá 20% devido à compra de países do Oriente Médio e da Venezuela e passará de US$ 5 bilhões.

O presidente do Conselho Administrativo do frigorífico Mercosul, Mauro Pilz, comentou que, há três meses, a empresa decidiu mandar menor volume de carne para Rússia. “O problema é que os russos não têm dinheiro para retirar toda a carne que compram”.

As informações são do jornal Valor Econômico e do Correio do Povo/RS, resumidas e adaptadas pela equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Roney Jose da Veiga disse:

    Quando vejo um argumento banal, do tipo deste do Sr. Luis Carlos de Oliveira, dizendo que “os 30% que os Russos pagam adiantado não cobrem os custos de devolução”, me fazem ter mais certeza ainda de que ele age em nome dos grandes frigoríficos.

    Ora meu caro Luis, será que esses exportadores, quando fazem seus contratos são tão ingênuos, que não estabelecem cláusulas de multas em caso de devolução, ou quebra de contrato? Será que estes exportadores não sabem que historicamente nessa época do ano as exportações para Rússia e UE diminuem? Será que esses senhores que falam estas besteiras acham que todos somos idiotas em acreditar em qualquer profeta do apocalipse, que ao menor sinal de falsos motivos tentam derrubar o preço de nossa arroba, para encher ainda mais as já gordas contas destas indústrias frigoríficas cartelizadas? Faça-me um favor, escolham melhor seus argumentos e não pensem que somos todos idiotas.

  2. Bruno Augusto de Oliveira disse:

    Gordas estão as contas das indústrias de suplemento mineral, que quando o produtor consegue colocar a “cabeça para fora da água”, elas aproveitam e aumentam sua margem, chegando a triplicar o preço de seus produtos.

    Os frigoríficos seguem o mercado mundial, se está baixo paga o preço baixo, se está alto pago o preço, sempre brigando para conseguir bons preços. E vocês? O produtor fala o preço que quer pagar nos seus produtos e vocês aceitam?