O setor rural britânico apresentou um preço de US$ 1,4 bilhão ao governo do país para cobrir os custos da epidemia de febre aftosa que acometeu o país no ano passado.
Os advogados do setor rural enviaram uma carta ao Departamento para o Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais, dizendo que têm a intenção de iniciar uma ação legal devido aos danos causados pela doença, que querem uma investigação pública e que querem meios de proteção instalados para que seja dada a certeza de que não mais acontecerá uma epidemia na mesma escala da ocorrida no ano passado. A carta foi mandada pelo empresa de advocacia Class Law em nome da Campanha dos Negócios Rurais do Reino Unido, que representa os queixosos do setor rural.
Mais de 4 milhões de animais foram sacrificados no ano passado na tentativa de controlar a doença, e o governo teve um custo de mais de US$ 3,8 bilhões. O grupo decidiu pelo valor de US$ 1,4 bilhão baseado na estimativa das perdas dos lucros nos negócios.
A carta declara também que o governo britânico ignorou um número de possíveis incidentes da doença em janeiro e em fevereiro de 2001, antes da notificação oficial da doença, em 19 de fevereiro do ano passado. A carta acusa também o governo de não ter tomado as medidas adequadas até 4 dias após o surgimento da aftosa nos rebanhos britânicos ter se tornado público.
O chefe da Campanha dos Negócios Rurais do Reino Unido, Ian Mitchell, disse que o grupo recorreu à ação legal para obter maior resposta do governo.
Segundo informações, a Class Law pretende pedir a exumação das carcaças das vacas enterradas em outubro de 2000 – 4 meses antes do primeiro caso de febre aftosa ter sido detectado. A empresa acredita que as vacas poderiam ter sinais da doença o que, caso seja confirmado, fortalecerá seu argumento de que o governo falhou, não agindo adequadamente.
Representantes do governo britânico disseram que o governo não pode ser responsável por todos os custos relativos à epidemia de febre aftosa que acometeu a região.
Fonte: AgWeb (por Roger Bernard), adaptado por Equipe BeefPoint