Ágio elevado: A relação de troca entre boi gordo e bezerro de ano está entre as mais baixas da história. Para se ter uma ideia, em janeiro de 2016, com a venda de um boi gordo de 17 arrobas, foi possível adquirir 1,71 bezerro de ano, sendo este valor 11,90% menor que a média da série histórica. Dentro deste contexto, tal cenário de ágio elevado para o segmento de cria já perpetua no cenário da bovinocultura de corte há mais de um ano, e relações de troca mensais boi/bezerro acima da média histórica já não são vistas desde novembro/14. Vale a ressalva de que a situação atual vivida pela reposição mato-grossense é de fato vantajosa do ponto de vista econômico, já que todas as categorias observaram valorização maior que a do boi gordo no último ano, no entanto, o processo de recomposição de rebanho já está em andamento, e a realização de estratégias para mitigação de riscos se torna cada vez mais necessária.
. O preço da arroba do boi gordo e da vaca gorda se manteve estável ao longo da última semana devido ao número reduzido de nego- ciações, valorização de 0,06% e desvalorização de 0,02%, respectivamente.
. A firmeza nos preços da reposição se refletiu no valor do bezerro de ano, que se manteve estável ao longo da semana, sendo cotado a R$ 1.285,00/cab.
. Para o contrato futuro com vencimento em fev/16, houve valorização de 0,66%, fechando a semana em R$ 154,33/@.
. O diferencial de base SP-MT apresentou novamente alta, desta vez de 0,28 p.p., fechando a semana em 16,89%.
ARRECADAÇÃO MAIOR: Apesar de exportar menos e arrecadar menos dólares em 2015, a exportação de carne bovina se mostrou uma boa saída para “driblar” o mo- mento delicado da economia. Aumento de encargos financeiros, elevação dos gastos com energia elétrica e demanda interna se enfraquecendo, foram e continuam sendo fatores que dificultam a vida das indústrias frigo- ríficas do Estado. No entanto, quando se observa o valor médio por tonelada exportada em reais, vê-se que o preço nominal da TEC mato-grossense nunca foi tão alto, em 2015 a arrecadação média em reais para cada tonelada exportada foi de R$ 11.722, e isso deve-se basicamente à depreciação da moeda brasileira frente ao dólar. Diante disso, a diversificação de mercados se mostra cada vez mais importante e prospectar novos negócios no mercado externo favorecerá não só a indústria, mas poderá refletir em elevação dos preços da arroba do boi gordo.
Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.
Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
1 Comment
Acredito ser importante lembrar que os pesos de carcaça vem aumentando nos últimos anos, ou seja para um boi gordo de 20@ a relação de troca entre um bezerro de ano fica em 2,02 bezerros/boi gordo, melhorando esse número.