A reunião entre técnicos do Ministério da Agricultura e da Secretaria da Agricultura do Paraná em Curitiba, amanhã, poderá ser, enfim, conclusiva. Como o governador Roberto Requião já antecipou que é favorável ao abate dos animais para precipitar o desfecho da crise, caso o Mapa apresente uma proposta como a que considere a existência de apenas um foco de aftosa no estado – o da Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira – ela será bem-vinda. Mesmo que o Mapa exija o abate das 2.212 cabeças de gado da propriedade. A contrapartida é que libere as demais propriedades localizadas em Maringá, Amaporã, Loanda e Grandes Rios.
Essa proposta terá de ser submetida ao Conselho Estadual de Sanidade Animal (Conesa), cujas entidades membros já se pronunciaram a favor da medida numa carta aberta publicada nos jornais paranaenses há duas semanas. Este procedimento também está dentro das normas estabelecidas pela Organização Internacional da Sanidade Animal (OIE) e, assim, nem o Mapa, nem os paranaenses saem perdendo mais do que já perderam.
O secretário paranaense Orlando Pessuti tem deixado claro em várias oportunidades que a decisão do governo estadual, qualquer que seja, será tomada em conjunto com as entidades que compõem o Conselho Estadual de Sanidade Animal (Conesa).
Fonte: Gazeta Mercantil (por Norberto Staviski), adaptado por Equipe BeefPoint
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Como é deprimente ser pecuarista onde a febre aftosa aparentemente é do tipo política e não virótica!
Creio que as entidades que atuam em defesa do homem do campo, nesta fase de desenvolvimento do surto, já devem estar investindo em pesquisas que venham a criar vacina anti-aftosa política.
Em maio de 2006, como deveremos proceder em relação ao estado sanitário dos animais de nossa propriedade?
Se vacinarmos, estaremos mascarando nosso rebanho, pois se coletado material, será certamente, “falso positivo”. Se não vacinarmos, estaremos sujeitos às penas da Lei.
E, mais, se adquirirmos apenas um, um único, animal, que futuramente venha a ser considerado oriundo de uma área de foco de aftosa e, o colocarmos em nosso rebanho, estaremos comprometendo a todos os outros animais, não importando a quantidade.
Para que terá servido a vacinação prévia?
Quando tivermos a possibilidade de imunizar nosso “rebanho” contra a vaidade aí sim, teremos dado um passo em direção ao futuro!
Diz a sabedoria popular que o vaidoso só age em benefício próprio!