O governador Germano Rigotto, na condição de presidente do Fpex-RS (Fórum Permanente de Exportação do Rio Grande do Sul), encaminha hoje ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a solicitação de uma reunião da Camex (Câmara de Comércio Exterior), com vistas à prorrogação da alíquota de 9% para exportação do couro wet blue.
Como muitas vezes o produto retorna ao Brasil em forma de calçados e outros artefatos, a cadeia coureiro-calçadista nacional sofre prejuízos. Com a redução da alíquota para 7%, conforme pretende a Camex, a situação se agravaria ainda mais.
“A medida traz enormes prejuízos à economia do Rio Grande do Sul”, argumentou o governador, que tem em mãos todos os dados envolvendo a atividade coureiro-calçadista no Estado.
Além do rebaixamento pretendido para este ano, a Camex anunciou em dezembro a pretensão de reduzir a alíquota para 4% em 2005 e de zerá-la em 2006.
No documento a ser enviado ao presidente Lula, o Fpex-RS defende também a realização de um profundo estudo da repercussão econômica da medida para o País e, em particular, para o setor. “Temos a convicção, pelos números apresentados pelos integrantes da cadeia produtiva, que as conseqüências na geração de emprego seriam trágicas com uma alíquota de exportação menor para o couro semi-elaborado”, afirmou o secretário do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte, vice-presidente do Fpex-RS.
Fonte: Diário Popular/RS, adaptado por Equipe BeefPoint
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A tarifa de exportação sobre o couro wet blue e couro salgado significa uma transferência de renda do produtor de gado para os curtumes e indústrias do setor. Promove ainda um desestímulo à busca pela melhoria da qualidade do couro por parte dos pecuaristas, ao reduzir o preço do produto no mercado interno.
A decisão da CAMEX de eliminar a tarifa, ainda que de forma muito lenta, foi acertada do ponto de vista da não discriminação contra o setor primário.