“Vivemos um dos momentos mais espetaculares de nossa história, em que o Brasil exporta mais carne que a Austrália e mais soja que os Estados Unidos”. Esta foi a declaração do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, ao receber, na segunda-feira (08), em São Paulo, o título de Personalidade do Ano, concedido pela Associação Brasileira de Criadores (ABC).
O ministro destacou os perigos e desafios que o Brasil terá de enfrentar daqui pra frente, comentando que a posição brasileira, liderando o G-20, grupo de países em desenvolvimento, frustrou as expectativas daqueles acostumados a impor as regras do mercado internacional. E alertou: “Ou nos organizamos ou seremos massa de manobra daqueles que são organizados”.
Alca
O ministro ressaltou que, embora os diversos setores do agronegócio tenham absoluta certeza do que não querem com relação à Alca, é preciso saber, acima de tudo, o que se deseja das negociações externas. “O Itamaraty possui uma excelência em negociação, mas é preciso que os nossos negociadores tenham clareza do que deseja cada setor”, comentou.
Aproveitando a presença de diversas lideranças agropecuárias na solenidade, o ministro fez um alerta: “Não pensem que o governo está certo de tudo o que deve ser feito. Cada cadeia produtiva deve estar presente com firmeza e com vigor e dizer o que deve ser dito em nome dos interesses nacionais”.
O primeiro passo, de acordo com Rodrigues, foi a ativação do Conselho do Agronegócio. Hoje, o órgão abriga onze câmaras setoriais, incluindo a da carne.
“Se pensarmos bem o que cada uma das culturas tem a ver entre si, veremos que um frango nada mais é do que um monte de milho transformado em carne”, explicou. Para ele, grandes avanços aconteceram por conta da união das diversas cadeias.
Responsabilidade
Rodrigues lembrou que o Brasil demorou 500 anos para cultivar 57 milhões de hectares, área que deverá crescer 50% nos próximos 20 anos, e que o País passará a ser o maior produtor agropecuário do mundo.
Toda essa evolução, de acordo com o ministro, deve-se à qualidade da pesquisa nacional e de inovadores como os também homenageados pela ABC, Jovelino Mineiro e Olavo Barbosa.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, adaptado por Equipe BeefPoint