O secretário nacional de Defesa Sanitária, Luís Carlos de Oliveira, do Ministério da Agricultura, apresenta hoje, na Bélgica, um pedido de auditoria à Organização Internacional de Epizootias (OIE) nas campanhas de vacinação contra febre aftosa em Rondônia. A OIE é uma entidade da Comunidade Européia, com sede em Paris, que define as normas e barreiras internas para autorização de comercialização de carne para a Europa. A auditoria é o primeiro passo para Rondônia obter o selo que permite exportar carne aos países europeus.
O pleito vem sendo feito há dois anos, desde que Rondônia passou a seguir as orientações do Ministério da Agricultura para sair de área de risco desconhecido da febre aftosa. Desde então, o Estado já fez quatro campanhas anuais para vacinar o rebanho de 7,1 milhões de cabeças e fechou as fronteiras. A auditoria foi feita pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (IDARON), para o Ministério da Agricultura, seguindo as etapas que antecedem ao pedido de sorologia. Este será apresentado no próximo ano, para obter a certificação de área livre de febre aftosa com vacinação. Com essas etapas, o Governo de Rondônia quer passar a exportar carne para a Europa, Estados Unidos e outros países.
Antes de embarcar para a reunião dos Ministérios de Agricultura, na Bélgica, Luiz Carlos esteve em Ji-Paraná (420 quilômetros de Porto Velho), participando da última fase da campanha de vacinação em Rondônia, que se encerra no dia 5 de dezembro. Ele prometeu apresentar o pedido de auditoria e incluir o Mato Grosso do Sul e Tocantins, que também pretendem obter a certificação de área livre da doença com vacinação. Segundo ele, já foram feitos contatos preliminares com a OIE, que se compromete em fazer a auditoria em Rondônia até o final do ano. A notícia animou os pecuaristas.
O secretário estadual de Agricultura, Produção e Desenvolvimento Social (Seapes), Miguel de Souza, calcula que o selo deverá sair já na próxima reunião da OIE, em maio do ano vindouro. A entidade se reúne duas vezes por ano. A outra reunião será em agosto. “Vimos fazendo quatro campanhas de vacinação. A partir do ano que vem serão apenas duas, porque nosso rebanho já está imunizado e todas as normas do Ministério da Agricultura têm sido seguidas”, explica Miguel de Souza.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Yodon Guedes), adaptado por Equipe BeefPoint