A resistência e a qualidade da carne gaúcha agradaram os compradores do Oriente Médio. Depois da venda de 8,5 mil cabeças para o Líbano, há um mês, outro embarque de gado em pé está programado para o início de maio, no porto de Rio Grande.
A compra dos terneiros deve ser iniciada no final de semana. Serão pelo menos dez mil exemplares de propriedades de cerca de 50 municípios gaúchos, em especial da Metade Sul. Segundo o gerente da Livestock Internacional, empresa libanesa já instalada em Pelotas, José Subirana, corretores credenciados já estão analisando os rebanhos da região.
No primeiro embarque os bovinos foram transportados para o Líbano a bordo do navio-curral Kenoz. Apesar da viagem de 18 dias, a perda foi de apenas sete cabeças, um índice 50% menor do que a média em operações do gênero. “A venda é mais uma alternativa ao setor e mostra a qualidade do rebanho do Rio Grande do Sul. Em razão dos cruzamentos, nosso gado tem melhor sanidade, é resistente e de fácil lida”, destaca o coordenador do Comitê de Bovinocultura de Corte de Pelotas, Antônio Carlos Gonçalves.
A Associação Rural de Pelotas coloca à disposição a infra-estrutura para a negociação, destinando 23 dos 43 hectares para comportar o gado durante o carregamento. Para participar das negociações, os produtores devem cumprir as exigências da empresa, principalmente no que diz respeito à vacinação contra a febre aftosa. “Sem o cumprimento destas determinações, eles podem perder a chance de vender”, alerta o coordenador.
Diretores da Livestock, o armador do navio e representantes dos compradores da carga devem chegar ao estado nos próximos dias para acompanhar a compra e o embarque. O objetivo é tornar a operação periódica.
“O gado deve ser embarcado no mesmo navio do primeiro lote ou em outro do mesmo armador, que tem três embarcações-curral”, conta Subirana.
Fonte: Zero Hora/RS (por Caroline Torma), adaptado por Equipe BeefPoint