O órgão russo Rosselkhoznadzor informou sobre a possibilidade de proibir a oferta de produtos de origem animal da Bielorrússia, devido à uma série de violações da legislação veterinária revelada em várias inspeções em meses recentes, disse o chefe do órgão veterinário russo, Sergei Dankvert.
O órgão russo Rosselkhoznadzor informou sobre a possibilidade de proibir a oferta de produtos de origem animal da Bielorrússia, devido à uma série de violações da legislação veterinária revelada em várias inspeções em meses recentes, disse o chefe do órgão veterinário russo, Sergei Dankvert.
Embora a razão oficial dada para o possível embargo tenha sido “a detecção de várias substâncias prejudiciais na produção animal de vários negócios”, observadores da indústria acreditam que a Rússia está preocupada com o rápido crescimento das reexportações de carnes da União Europeia (UE) e em pequenas quantidades do Canadá, entrando no mercado russo através da Bielorrússia.
Segundo ele, o grupo de antibióticos tetraciclina, microrganismos mesofílicos aeróbicos e anaeróbicos facultativos, além de E. coli, foram identificados em envios de produtos de origem animal da Bielorrússia. “O monitoramento ativo continua e produzirá mais resultados”.
O gerente do Rosselkhoznadzor também disse que uma parte importante das negociações futuras com autoridades da Bielorrússia seria a oportunidade de trabalhar junto com especialista russos na fronteira bielorussa da União Aduaneira.
“Devido ao fato de que existem casos de fornecimento de produtos proibidos da UE via Bielorrússia, convidamos nossos colegas do país a se unir às inspeções na fronteira externa da União Aduaneira, mas nosso requerimento foi negado”.
Na opinião da maioria dos especialistas russos, a reexportação de carnes da UE é a real razão por trás da ação da autoridade veterinária Rússia contra a Bielorrússia. “Houve relatos de que a Bielorrússia pode estar fornecendo até 20% de todos os produtos de carne proibidos da UE à Rússia e que houve dezenas de casos quando a Bielorrússia enviou remessas de países europeus à Rússia”, disse o analista agrícola de Moscou, Eugene Gerden.
Ao mesmo tempo, representantes da Bielorrússia disseram que estavam fazendo todo o possível para limitar a oferta de produtos proibidos na Rússia. “Autoridades da Alfandega da Bielorrússia estão tomando todas as medidas dentro de seu poder para evitar o trânsito de bens proibidos de serem importados pela Rússia”, disse o vice-presidente do Comitê Estatal Alfandegário da Bielorrússia, Sergei Poluden.
Dankvert também comentou o fato de que a Bielorrússia se recusou a conduzir testes conjuntos para produtos terminados de carne importados pela Rússia. “Eles claramente entendem que esses testes mostrarão que os produtos são feitos, por exemplo, de carne canadense, e que nós encontraremos traços de ractopamina neles”.
Ele afirmou que a Bielorrússia nunca importou carne canadense antes mas que, durante três semanas de setembro, o país importou 560 toneladas do mercado canadense. Ao mesmo tempo, a Rosselkhoznadzor enfatizou que não estava visando “fechar as ofertas de produtos da Bielorrússia ao mercado russo. Queremos chegar a um entendimento e esperamos que as restrições não aconteçam”.
Fonte: globalmeatnews.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.