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Rússia assegura que irá preservar compra de carnes do Brasil

A Rússia assegurou ao Brasil que as cotas tarifárias que pretende impor na importação de carnes e açúcar, em seus compromissos de entrada na Organização Mundial de Comércio (OMC), vão preservar os interesses brasileiros.

Em negociação bilateral em Genebra, a delegação russa se comprometeu a manter os níveis existentes de comércio dos dois produtos, considerados cruciais para os exportadores brasileiros, além de assegurar crescimento anual de 5%. Só as exportações brasileiras de carne suína podem chegar este ano a US$ 500 milhões, segundo especialistas de Santa Catarina, principal região produtora.

As cotas tarifárias sobre os dois produtos terminariam seis anos após a entrada da Rússia na OMC. Não está definida ainda, segundo diplomatas, a tarifa dentro da cota. Fora da cota, a média tarifária para produtos agrícolas na Rússia ficaria em 60%, pelo que Moscou defende na OMC.

Ontem (18), terminou mais uma rodada de negociações. O presidente do grupo de trabalho, o embaixador norueguês Kare Bryn, acha que elas podem ser concluídas no ano que vem, diante da “urgência” de muitos em ver Moscou na OMC.

No entanto, vários negociadores são céticos. Especialmente os de países exportadores agrícolas, já que Moscou, ao invés de liberalizar, quer é proteger o seu mercado contra a inevitável concorrência externa.

Os russos vieram com uma delegação importante, para mostrar o compromisso político de se dobrar às regras comerciais. Mas os EUA foram especialmente críticos sobre o estabelecimento de cotas para carnes.

O vice-ministro russo de Comércio, Maxim Medvedkov, voltou a reclamar que muitos países fazem exigências exageradas a Moscou. “A Rússia é um grande importador agrícola, mas, ao mesmo tempo, temos interesses exportadores. Há um claro interesse nacional em desenvolver nossa própria agricultura”, afirmou.

No ano que vem eles vão voltar a Genebra para ver como podem melhorar suas ofertas agrícolas, nas telecomunicações, no setor bancário e em vários outros setores.

Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint

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