No caso do Brasil, o acordo não abriu as portas às exportações. O comércio bilateral entre Rússia e Brasil vai superar a marca de US$ 7 bilhões em 2011. Mas os números mostram uma queda acentuada das vendas nacionais de carnes, principal ponto da pauta entre os dois países.
Depois de 18 anos de intensos debates, a Rússia entra para a Organização Mundial do Comércio (OMC). Mas o acordo de adesão da maior economia que estava fora do sistema multilateral do comércio não conseguiu resolver os problemas dos exportadores brasileiros.
No caso do Brasil, o acordo não abriu as portas às exportações. O comércio bilateral entre Rússia e Brasil vai superar a marca de US$ 7 bilhões em 2011. Mas os números mostram uma queda acentuada das vendas nacionais de carnes, principal ponto da pauta entre os dois países.
No Brasil, exportadores e o governo acreditavam que o cerco era uma forma de chantagear o Brasil a aceitar a adesão da Rússia à OMC, com promessas de que no futuro a relação melhoraria. Mas a constatação de todos é que o acordo foi fechado e as barreiras continuam.
O chanceler Antonio Patriota insistia que Moscou passe a adotar medidas sanitárias apenas com base em problemas reais, e não como um instrumento protecionista.
O vice-primeiro-ministro, Igor Shuvalov, garantiu que a Rússia vai adotar as regras da OMC. “É verdade que tivemos duras discussões com o Brasil sobre o assunto de carnes. Vamos modificar nossas leis para que sejam compatíveis com a OMC”, garantiu. Ele não nega que uma das metas dos russos é ser um “grande produtor agrícola”.
Comentário BeefPoint: o principal motivo das dificuldades de exportação a Rússia, é que desejam diminuir a dependência de carnes importadas, favorecendo a produção local. Há um plano de longo prazo de aumento da produção de carne de aves, suína, bovina e lácteos na Rússia. É provável que tenham mais sucesso na produção de carne suína e de aves, o que já vem ocorrendo. E é provável que tenham dificuldades na produção de carne bovina. Mas todos os estudos indicam um forte estímulo governamental a produção doméstica de carnes.
Fonte: jornal O Estado de SP, adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Não adianta, por mais que eles produzam carne de aves e suínos, a população ainda vai privilegiar a carne bovina. E como bem disse o Miguel Cavalcanti, a carne bovina leva tempo e é caro para produzir, e eles não tem estrutura para isso.