No pacote final, a Rússia concorda em autorizar a importação de 530 mil toneladas de carne bovina originária de todos os países membros da OMC por ano, e mais 40 mil toneladas de importação de cortes frescos ou resfriados. Nos dois casos, a tarifa de importação será de 15%.
A Rússia poderá entrar na Organização Mundial do Comércio (OMC) no fim do ano com capacidade para aumentar os subsídios que concede ao setor agrícola. E sem compromisso para acabar com restrições ao acesso de exportações de carnes bovina e de frango.
Os compromissos finais da Rússia sobre o acesso a seu mercado começaram a circular na OMC na véspera das negociações finais para que o país seja aceito como sócio da entidade.
Em janeiro, os russos disseram que concediam US$ 5 bilhões de subsídios agrícolas que podem distorcer o comércio. E vão se tornar membros da OMC com capacidade para ampliar a US$ 9 bilhões os subsídios em 2012-2013, até baixá-los gradualmente para US$ 4,4 bilhões em 2018.
Além disso, a Rússia conseguiu só parcialmente um prazo de transição para passar de um sistema de cotas, que limita as importações, a outro sistema apenas de tarifa de importação. É o caso para a carne suína, favorecendo o Brasil. Negociadores agrícolas se dizem satisfeitos com o resultado.
A expectativa na OMC é de que será possível tirar as últimas dúvidas sobre as condições de acesso de carne bovina de alta qualidade para o mercado russo. Somente Argentina, EUA e Canadá têm acordos com definição sobre esse tipo de carne, feitos em 2005.
Outros países querem assegurar que o limite do preço desse tipo de carne, de US$ 8 mil por tonelada, sirva também para eles. E quando o preço baixar, que seus exportadores também sejam beneficiados.
No pacote final, a Rússia concorda em autorizar a importação de 530 mil toneladas de carne bovina originária de todos os países membros da OMC por ano, e mais 40 mil toneladas de importação de cortes frescos ou resfriados. Nos dois casos, a tarifa de importação será de 15%.
No caso da cota de carne congelada, 60 mil toneladas serão reservadas para os produtores dos EUA, 60 mil para a União Europeia e 3 mil para a Costa Rica. Na cota de carne bovina fresca ou resfriada, 29 mil toneladas foram reservadas para os europeus venderem ao mercado russo.
Para o Brasil, a venda é pela “cota para outros”. E a expectativa de ganhos pode vir também com o compromisso de que, se americanos e europeus não preencherem suas cotas específicas, outros exportadores podem vender a parte não utilizada.
Já no caso da carne bovina e de frango, se Moscou decidir pela eliminação das cotas algum dia, a tarifa passa para 27,5% para carne bovina e 37,5% para frango.
Fonte: jornal Valor Econômico, adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Pois é… pelas notícias, entramos sem nada. e saímos com as "mãos abanando"