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Rússia suspende importação de mais quatro frigoríficos do Brasil

O Serviço Sanitário da Rússia (Rosselkhoznadzor) surpreendeu o setor privado brasileiro ao suspender temporariamente as importações de carnes de quatro frigoríficos, sob alegação de presença de resíduos de infecção bacteriana por listeria e resíduos do antibiótico tetraciclina. A medida entra em vigor no dia 26 deste mês.

O Serviço Sanitário da Rússia (Rosselkhoznadzor) surpreendeu o setor privado brasileiro ao suspender temporariamente as importações de carnes de quatro frigoríficos, sob alegação de presença de resíduos de infecção bacteriana por listeria e resíduos do antibiótico tetraciclina. A medida entra em vigor no dia 26 deste mês.

Foram atingidos três frigoríficos de abate de bovinos: o de SIF 2960, localizado em Lençóis Paulista (SP), pertencente ao Frigol S.A.; o de SIF 4334, localizado em Rolim de Moura (RO), do Marfrig; e o de SIF 431, localizado em Palmeiras de Goiás, do Minerva. A quarta planta que sofreu restrição foi a de SIF 1194, localizada em Amparo (SP), pertencente ao Frigorífico Marbella, que processa carne de aves.

O presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, diz que a suspensão divulgada no site do serviço sanitário russo “surpreende e intriga”.

“Todos os sinais eram de que o embargo seria suspenso, uma vez que o Itamaraty colocou o assunto nas negociações que estão sendo realizadas nesta semana em Genebra para apoiar a entrada da Rússia na Organização Mundial de Comércio (OMC)” disse Turra.

Apesar de várias fontes do setor privado confirmarem que a suspensão do embargo faz parte da pauta de negociações, a assessoria de imprensa do Itamaraty diz que a discussão é sobre a ampliação da cota de exportação de carnes para o mercado russo. Segundo a assessoria do Itamaraty, a questão do embargo diz respeito a questões técnicas, que devem ser resolvidas entre os serviços sanitários dos dois países.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, se encontrou no mês passado em Moscou com o chanceler russo, Sergey Lavrov, quando tratou da questão da barreira fitossanitária.

“O chanceler demonstrou muita boa vontade para resolver a questão da melhor maneira possível” diz a assessoria.

As informações da Agência Estado, adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. RONALDO CARVALHO SANTOS disse:

    Triste País quando não discerne que Barreira Fitosanitária se aplica à vegetais

    Com esta cultura vamos perder  para Russos, Grêgos e Troianos

    Assim vamos patrioticamente ,sempre, chancelar as medidas tomadas por nossos Im-

    portadores. Sou daqueles humildes que, respeita a cultura mas, por isso mesmo advo

    ga a necessidade de se estar bem assessorado, afinal de contas autodidatismo não é

    regra.Respeito as exceções.

    Já havia escrito anteriormente que, iriam se aproveitar da nossa desagregação e, inflin

    gir mais uma derrota. Inteligência, consenso e boa equipe faz uma boa gestão.

    Temos a melhor defesa sanitária do mundo, a melhor inspeção do mundo, mas temos gestores? Inteligêcia não tem cor partidária, nem sabedoria é privilégio .

    Gostaria de dizer mais, adiantaria ?

  2. Nagato Nakashima disse:

    Este é o modelo arcaico, obsoleto quebrado e falida assistência técnica que precisa de mudança radical. Falo como presidente de sindicato.

  3. Eudes Hayakawa disse:

    Contamos com a nossa força sanitária. Estamos falando do maior exportador de proteínas do mundo…

  4. Nagato Nakashima disse:

    Muitas vezes tenho comentado da necessidade de reformulação da cadeia produtiva, só tenho falado na cadeia da produção pecuária por se Médico Veterinário, mas a reforma também abrange a cadeia produtiva vegetal, isto porque o que se busca no mundo é a inocuidade alimentar, cuja contaminação começa no início da cadeia produtiva de diversas maneiras. Tecnicamente é necessária a reforma porém politicamente não é interessante. Sou técnico. Modelo atual praticado já não atende mais, inclusive o SIF precisa de reforma.

  5. Nagato Nakashima disse:

    Senhor Ronaldo Carvalho dos Santos: senhor tocou num ponto interessante fitossanitária essa confusão, descuido ou falta de preparo se deve a ausência de adidos técnicos na diplomacia brasileira. Quanto a contaminação da carne por bactérias e resíduos medicamentosos são puramente técnicos, no processamento dentro do frigorífico sob responsabilidade no caso do SIF, ou no criatório de animais, pela falta de assistência técnica.

  6. José Manuel de Mesquita disse:

    Prezado Sr. Nagato Nakashima,

    "Vício de origem", ou seja: 60% a 70% das propriedades deste país não possuem controles e manejos que atendam as especificações para exportação.

    Digo "exportação" porque considero que lá fora em algum momento a carne que exportamos passará por algum teste de detecção para contaminação por bactérias, substâncias proibidas,   ou substâncias permitidas mas em doses maiores do que o permitido, ou mesmo sem o devido controle sobre a carência para abate e consumo… Procedimento este impensável por aqui… por falta de recursos (humanos, materiais e políticos) nos diversos órgãos do governo encarregados de tais tarefas…

    Poderá ser encontrada aqui  mesmo no BeefPoint   reclamações e desabafos "funcionais" de membros destas repartições, que soam "surrealistas".

    Seguidas tentativas de impor por decretos-lei e  portarias um sistema de controle,  de abrangência nacional, onde é mais importante o tal brinco, do que a "vida sanitária" dos animais. Burocracia excessiva, cara,  de implantação duvidosa e de custos ainda não totalmente conhecidos…  Com tudo isso, ainda não se conseguiu determinar  a origem dos animais que forneceram a carne responsável pelos embargos sofridos… do 1º caso ocorrido nos EUA,  ao último  na Rússia e noticiado aqui mesmo no BeefPoint em  13/09/2011.

    A cada caso, culpam os países importadores, como se eles não pudessem decidir o que desejam comprar (tipo de animal, tipo de alimentação, sanidade)… quem paga determina o que deseja receber em troca de seu dinheiro… é a lei do mercado, e temos que respeitá-la…  

    Os ministros da área e seus assessores, de promessa em promessa, vão empurrando o problema com a barriga, mencionam prazos e providências que beiram o absurdo…  por aqui todos fingem acreditar que no final tudo se acertará, com aquele já conhecido "jeitinho" brasileiro, mas…  findo o prazo prometido, lá vem a cobrança de quem compra,  cobrança esta em forma de auditorias… e infelizmente, nada mudou… tudo como antes no quartel do Abrantes…

    Não acredito que o problema seja falta de "assistência técnica" nos criatórios… o problema é mais sério:
    – Nos Falta  Educação: propriedades com alto índice de analfabetismo, onde os proprietários não se importam com a educação de seus funcionários ou de seus familiares (futuros integrantes do MST),  difíceis condições de trabalho, cercas ruins, currais idem, tropa…. e por aí vai…
    – Nos sobra Esperteza e Ganância, onde a tal Lei do  Gerson, impera absoluta sobre as relações entre os diversos elos da cadeia…

    Portanto, não nos deixemos enganar… O problema não está nas embaixadas, está por aqui mesmo, nas fazendas e nos frigoríficos, que se abastecem em propriedades que sabem não possuir manejo algum, e mesmo assim abatem e enviam tais animais ao exterior… o resultado não poderia ser diferente do que está continuamente acontecendo.

    Só nos resta comer a carne nas condições não aceitáveis para eles…

    Forte Abraço, saúde e sorte

  7. RONALDO CARVALHO SANTOS disse:

    Meu caro Nakashima Sam. Realmente há uma lacuna quanto à falta de adidos técnicos

    nas representações brasileiras no exterior.

    Na agropecuária , poderia ser resolvido com o MAPA, colocando à disposição  FFA´s.

    Um Agrônomo e um Médico Veterinário do quadro efetivo ou aposentados supriria.

    Quanto aos resíduos o tratamento é realmente de alçada técnica.

    Impossivel contaminação nas plantas frigoríficas.

    Concordo que no início da cadeia produtiva está o gargalo a enfrentar.

    Saída,rever urgente a delegação das ações da Defesa Sanitária Animal .

    O govêrno paga prêço alto  e, quando há problemas é responsabilizado  sozinho.

  8. RONALDO CARVALHO SANTOS disse:

    Nakashima Sam,

    Corrigir a sentença  "Impossivel contaminação nas plantas frigoríficas".

    Realmente pode ocorrer contaminação bacteriana, no processamanto .

    Em tese seria responsabilidade do SIF.

    Resíduos  de medicamentos não.

          Carvalho Santos / Ronaldo  –  Médico Veterinário

                              Assessoria independente

  9. Marcelo Ribeiro disse:

    Caros,

    sempre acabamos achando que a culpa e’ do outro lado; talvez seja mais facil que assumir as nossas "sombras"!?

    Aqui na Australia, algumas plantas tambem foram canceladas para a Russia; os motivos, os mesmos ou parecidos! Em menos de 30 dias, tudo resolvido.

    O pessoal de la exigiu mudancas, mostrou os motivos, as plantas fizeram as mudancas, os produtores fizeram as mudancas e pronto, tudo certo novamente!

    Cheguei ontem de Moscou e a cada vez mais, me impressiono como eles estao indo bem e se adaptando as mudancas ‘pos-comunismo" (se assim puder dizer).

    E aquele antibiotico que a gente aplica antes do abate do animal e acha que nunca vao encontrar; o remedinho que era para ser usado na plantacao de tomate (que vem la dos nossos irmaos paraguaios) e que engorda o boi mais rapido – ou pelo menos retem mais liquido; e aquela vacina que foi compra e nao usada (as vezes enterada); e as outras coisinhas que deixamos para traz e simplesmente dizemos assim: "Ah, nao recebo mais que isso mesmo!" "O frigorifico sempre desconta (para nao falar rouba porque e’ feio!) de mim!"

    Arroba do boi na Australia (boi de confinamento com 100 dias) – R$85.38

    Arroba do boi no Brasil (qualquer coisa inteiro la do pastao!) – R$ 84.50 (Barra do Garca – mais barato de todos no Brasil)…

    Mao de obra – vaqueiro – (brasil) – R$ 2.500.00/mes

    Mao de obra -vaqueiro – (australia) – R$ 6.930.00/mes

    So mais uma coisinha: para vender carne para um cliente no Japao tenho que preencher 743 perguntas sobre a criacao do nosso gado nas fazenda e se aparecer um cabelo em uma caixa, tenho que ir no frigorifico que produz a carne para mim e solicitar uma "satisfacao formal" e as alteracoes que serao feitas para que isso nao aconteca novamente!

    NAO SOU DONO DE FRIGORIFICO, APENAS PRODUTOR RURAL QUE PRODUZ CARNE PROVENIENTES DOS NOSSOS BOIS!

    Vamos comecar a fazer nossa parte ai! Quando os "PESSOAL" pedir as coisas, temos que tentar ser mais profissionais nas resposta e RAPIDOS, sem PAPO FURADO e escondendo as ‘SOMBRAS"…

    Grande Abraco e Sucesso a todos!

    Marcelo Ribeiro

  10. Nagato Nakashima disse:

    Depois de analisar diversos comentários de pessoas com uma boa visão da cadeia produtiva chagamos a conclusão que é preciso propor aos políticos mudança no modo operandi da cadeia produtiva. O sistema público não comporta mais, e os produtores estão se esgotando. Pois o sistema público não tem condições hoje de colocar 12.000 profissionais com formação em 3º grau, de diversos seguimentos, para adequar a cadeia produtiva de alimento à nova conjuntura mundial. Ainda a cada profissional com 3º grau precisa no mínimo de 3 com 2º grau e outros 5 de grau elementar. Para que possam desenvolver os trabalhos já existem legislações, está faltando vontade política dos produtores e governo para dialogar e destravar o processo. Isto foi levantado a lebre na discussão no famigerado SISBOV. Para agilizar o processo é preciso convocar a iniciativa privada para solucionar o problema.

  11. Rafael Henrique Ruzzon Scarpetta disse:

    Nós produtores, normalmente recebemos estas notícias de mercado externo via internet, Beefpoint principalmente, falta muito um feedback do frigorífico, se abriu ou fechou um mercado externo, não ficamos sabendo via frigorífico.
    Isso usam como estratégia de abaixar preço, sempre com desculpas de que o mercado está péssimo, não está exportando, mercado interno está frio, mas sempre vejo caminhões carregando carne em containers e camaras frias…
    E minha nota fiscal tem que ir com carimbo do Chile!!!
    Sinceramente, eu não sei o que a Russia ou qualquer outro mercado quer, porque nunca me disseram.
    Duvido que qualquer produtor que receber uma proposta de mudança no sistema de produção para poder exportar sua carne e receber mais não vai aceitar.

    Isso só não vem do frigorífico, porque eles querem o lucro só para eles.

  12. Carlos Roberto Conti Naumann disse:

    Inicialmente gostaria de dar um grande abraço no meu colega Dr Ronaldo Carvalho Santos. Já de á muito a cadeia produtiva brasileira vem sofrendo de reversos produzidos pela falta de competência de nossa diplomacia, acarretando séris prejuizos ao homem do campo.O problema de contaminação Bacteriana Listéria é decorrente de falta exclusiva de higiene em nossas plantas frigoríficas ,onde está diretamente envolvido o controle de qualidade da empressa, assim como, do serviço de inspeção em verificar o fiel cumprimento de seus programas de Autocontroles,bem o problema de resíduos e contaminantes na carne, é muito simples de ser resolvido,basta a industria atender o APPCC Risco Químico na chegada dos animais que se resolve muita coisa que vemos ocorrer.Minha pergunta ,porque o Boletim Sanitário não é exigido para a espécie Bovina? Porque a industria não tem o menor interesse de precionar o produtor ! E depois ficamos tentando achar o pai da criança.Como diz o apresentador de TV Datena Me ajuda ai !!!

  13. Nagato Nakashima disse:

    Senhor Carlos Roberto Cont Naumann: Para buscar a eficiência na produção é preciso uma assistência técnica eficiente. Resolver o problema na fase de industrialização é temerário, pois se não serve para exportação vai para o consumo interno.

  14. RONALDO CARVALHO SANTOS disse:

    É com surprêsa e satisfação que vejo o interêsse sobre o assunto crescer.

    Brilhantes profissionais têm expendido suas opiniões. Autoridades escutai-os

    Muitos estão em funções burocráticas ou sem expressão por…….

    Recebo teu abraço, Conti Gostaria de aproveitar para acrescentar mais algo.

    Síntese dos comentários nos leva a concluir:

    Completo distanciamento entre produtor e plantas frigoríficas e desconfiança.

    Os produtores gostariam de saber para onde vai seu produto.

    Reclamam da remuneração.

    Os frigoríficos não aplicam ànalise de risco, não conhecem seus fornecedores.

    Não visitam as propriedades e, não exigem certificação sanitária do rebanho.

    O SIF, age apenas com ação repressiva.

    Assim quando o evento já aconteceu, aplica corretivos. O produto já foi embarcado.

    A retirada das listas é apenas consequencia normal do êrro cometido.

    Então se tenta dar cunho diplomático na vertente , esquecido o lado técnico..

    As ações fogem do controle do MAPA e DIPOA, passando a outrem..

    Há ainda algumas particularidades, quanto aos inspetores que nos visitam.

    Estas ás vêzes contornàveis ortodoxamente, há que estarmos afinados.

    Como não sou atinado tão só a criticar ,.assumo o risco de recomendar.

    Workshoping direcionado a trabalhar uma nova interface aproximando a cadeia.

    Participantes, Produtores ,Empresários do setor, SIF, Defesa Sanitária Animal/BR.

    Endoutrinar o SIF para agir. também, em caráter preventivo

    O melhor profissional não é o que mais pune, mas o que, previne e evita desvios.

    Execução direta da Defesa Sanitária Animal pelo MAPA .

    Assim formaremos um todo, considerando que não somos independentes.

    Para haver exportação há que se ter produtores, empresários e qualidade.

    Para negociar barreiras temos que estar unidos e o SIF será autoridade garante

    Se não nos entendermos de  que valerá nossa atuação em prol do Brasil?