O presidente do Conselho de Administração da Sadia, Luiz Fernando Furlan, anunciou nesta segunda-feira, 22, que cerca de 20% dos 63 mil funcionários da empresa vão parar nos próximos dias, sobretudo nas unidades voltadas à exportação.
O presidente do Conselho de Administração da Sadia, Luiz Fernando Furlan, anunciou nesta segunda-feira, 22, que cerca de 20% dos 63 mil funcionários da empresa vão parar nos próximos dias, sobretudo nas unidades voltadas à exportação.
Segundo ele, com a falta de liquidez no mercado externo e os problemas de embarque e armazenamento de produtos no Porto de Itajaí (SC), os estoques de exportação da empresa ficaram elevados e por isso foi tomada a decisão de fazer neste final de ano um plano de compensação de banco de horas para os funcionários.
“Não é um assunto grave e não envolve demissões”, garantiu o executivo. Segundo Furlan, a acomodação dos estoques mundiais de carne de frango contrasta com a situação do mercado interno que, segundo ele, prossegue aquecido para os produtos da Sadia, que tiveram recorde de vendas no País nos meses de outubro e novembro.
Furlan afirmou ainda que o as perdas no mercado de derivativos, anunciadas pela Sadia no início do agravamento da crise internacional no Brasil, “estão voltando à normalidade”. Segundo ele, a dívida, que totalizava US$ 2,4 bilhões em 30 de setembro, hoje é de “apenas” US$ 600 milhões.
O executivo reiterou que a Sadia não está à venda e afirmou que não sabe por quanto tempo ainda prosseguirá no comando da empresa. “Vou ficar o tempo necessário, mas não quero morrer com o bastão na mão”, disse o executivo, que retornou ao conselho da Sadia há dois meses, para resolver os fortes problemas gerados no caixa da empresa por causa das operações com derivativos.
A matéria é de Jacqueline Farid, da Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.