As restrições européias à carne brasileira e a suspensão das vendas de carne de Mato Grosso para a Rússia fizeram a Sadia mudar os planos de atuação no segmento. Ao invés de construir uma unidade de abate de bovinos, a empresa estuda uma aquisição.
As restrições européias à carne brasileira e a suspensão das vendas de carne de Mato Grosso para a Rússia fizeram a Sadia mudar os planos de atuação no segmento. Ao invés de construir uma unidade de abate de bovinos, a empresa estuda uma aquisição.
“O momento é de reflexão. Precisamos ver como vai acontecer a questão da rastreabilidade”, disse o presidente Gilberto Tomazoni, em encontro com analistas para apresentar os resultados da empresa. Segundo ele, o momento é de consolidação no segmento e a Sadia “avalia oportunidades”, em substituição à construção de nova unidade. “Desde que faça sentido, estamos abertos [a aquisições]”, admitiu.
Apesar da mudança de rumo, o plano de atingir uma capacidade de abate de 6 mil cabeças/dia em 2009 está mantido. Hoje, a empresa tem capacidade de 2 mil cabeças por dia em sua unidade de Várzea Grande (MT).
Ele disse que o boi tem de fazer parte do portfólio da Sadia, mas, como observou o presidente do conselho de administração, Walter Fontana, não pode prejudicar as margens da empresa.
No momento, as dificuldades da Sadia aparecem nos resultados do primeiro trimestre. Segundo o diretor de relação com os investidores, Welson Teixeira Júnior, o fechamento do mercado da Europa e a escassez de gado para abate fez o faturamento da área de bovinos cair 18,1% sobre o primeiro trimestre de 2007, para R$ 63 milhões. As exportações de carne bovina recuaram 28,1%, para 10 mil toneladas.
As informações são de Alda do Amaral Rocha, do Valor Econômico.