Após um semestre de expansão fraca, a economia brasileira deve registrar um ritmo forte de crescimento no segundo semestre, puxada pela demanda. O Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) deve ficar em torno de 6%, segundo a economista do Santander Adriana Dupita.
Após um semestre de expansão fraca, a economia brasileira deve registrar um ritmo forte de crescimento no segundo semestre, puxada pela demanda. O Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) deve ficar em torno de 6%, segundo a economista do Santander Adriana Dupita.
“Existe uma defasagem (do impacto dos juros na atividade econômica). A economia brasileira ainda está sentindo o aperto monetário, mas ainda não sente a queda dos juros. Quatrocentos pontos básicos não é pouca coisa. Essa redução vai ter impacto” disse Adriana.
O Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou o processo de afrouxamento monetário em setembro, quando reduziu a taxa básica de juros, a Selic, de 12,5% ao ano para 12%. Ontem, o juro foi cortado de 9% para 8,5%, o que significa uma redução de 4 pontos percentuais ou 400 pontos básicos entre julho e agora.
O desempenho no segundo semestre, no entanto, não será suficiente para garantir um forte crescimento do ano, que é estimado em 3,5%, por causa dos números baixos do primeiro semestre.
A projeção do Santander é de uma alta de 0,7% do PIB no primeiro trimestre, frente ao trimestre ao trimestre anterior. O resultado será divulgado amanhã pelo IBGE. Pelo lado da oferta, a previsão é de manutenção do PIB industrial e de alta de 0,8% do PIB de serviços. Pelo lado da demanda, o consumo das famílias e do governo deve crescer acima de 1%, enquanto os investimentos devem cair 0,7%.
A expectativa é que a demanda vá puxar a economia no segundo semestre do ano, com crescimento forte das vendas do varejo.
Para o câmbio, a previsão de Adriana Dupita é de um certo recuo, após um período marcado por ruídos de mercado, que ao lado de fatores como redução do diferencial de juros e do preço de commodities contribuíram para a alta da moeda americana. A projeção é de uma taxa de R$ 1,95 no fim do ano.
Fonte: O Globo, adaptada pela Equipe BeefPoint.