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SC aposta em rastreabilidade para aumentar exportações

Santa Catarina concluiu ontem o Programa de Identificação Individual dos Bovinos e Bubalinos (PIB-SC) e está apta a exportar para os mercados mais exigentes. O presidente da União de Importadores de Carnes e Derivados da Itália, Renzo Fossato, disse que a Itália já mostra interesse em retomar suas importações.

Santa Catarina concluiu ontem o Programa de Identificação Individual dos Bovinos e Bubalinos (PIB-SC) e está apta a exportar para os mercados mais exigentes. O presidente da União de Importadores de Carnes e Derivados da Itália, Renzo Fossato, disse que a Itália já mostra interesse em retomar suas importações. Mas apontou uma dificuldade: a taxação, por parte da União Européia, sobre a importação de bovinos vivos.

“A Europa cobra 1,15 euro por quilo importado”, afirmou. Fossato fez um apelo, ontem, ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Reinhold Stephanes, para que faça o pedido formal para que a EU retire o imposto sobre as importações de países em desenvolvimento, nem que seja para um número específico de animais, sob pena de inviabilizar a negociação. O diretor de Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura, Roni Barbosa, afirma que a UE pode conceder esta isenção, enquadrando o Brasil no Sistema Geral de Preferências.

Barbosa afirma que o Estado terá 10 mil terneiros entre seis e oito meses de idade, prontos para exportar para a Itália, em maio e junho de 2009. Como a Itália importa o produto apenas de países europeus, a aproximação com os italianos está sendo considerada uma porta de entrada para outros produtos no restrito mercado europeu, como carne suína.

No Brasil, somente Santa Catarina possui condições de exportar bovinos vivos para a União Européia, em função do status de livre de febre aftosa sem vacinação.

O PIB-SC é responsável pelo controle e rastreabilidade da produção de bovinos e bubalinos. O trabalho teve início em março. Até outubro foram identificados 4,1 milhões de animais. As propriedades foram cadastradas e cada animal recebeu um brinco e um boton de identificação. Cada animal cadastrado no sistema de defesa sanitária animal da Cidasc tem numeração compatível com o Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov), do Ministério da Agricultura.

A matéria é de Juliana Wilke, publicada na Gazeta Mercantil, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Elder Silveira de Almeida disse:

    Ao contrario do que acontece no RS a rastreabilidade é feita pela Cidasc, um orgão ofical, com credibilidade e menos custos para o produtor, desta forma acredito que funcione melhor a rastreabilidade, pois o orgão estadual executa e repassa os dados para o Ministério ,não necessitando o produtor gastar com os encargos das certificadoras, além do mais, todo o movimento de entrada e saida de animais já deveria vir sendo controlado antes da rastreabilidade pelas fichas S11. O produtor que desejar exportar deve ter seriedade ao declarar seus animais.

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