Na opinião do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, a crise mundial dos alimentos pode estar apenas começando e a alta dos preços, se continuar, pode provocar a queda de governos e até guerras. Nos últimos dias, líderes dos países ricos voltaram suas atenções para o campo. "Esse deve ser um assunto que todo o planeta deve lidar", disse o número 1 do FMI.
Na opinião do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, a crise mundial dos alimentos pode estar apenas começando e a alta dos preços, se continuar, pode provocar a queda de governos e até guerras.
Nos últimos dias, líderes dos países ricos voltaram suas atenções para o campo. “Esse deve ser um assunto que todo o planeta deve lidar”, disse o número 1 do FMI.
Desde meados do ano passado, os preços dos alimentos já subiram 40% e para países pobres essa inflação representou um aumento do número de famintos e pobres. “Em termos de conflitos por causa dos alimentos, o pior está infelizmente por vir. Centenas de milhares de pessoas serão afetadas”, destacou Strauss-Khan.
Quanto ao etanol, Strauss-Khan deixou claro que a expansão da produção poderá ter efeitos negativos, mas observou que existe uma diferença entre o etanol feito como milho nos Estados Unidos e o brasileiro, feito a partir da cana-de-açúcar. “Quando fazemos biocombustíveis de produtos agrícolas não usados para a alimentação, tudo bem. Mas quando são feitos de produtos alimentícios, isso representa um verdadeiro problema moral”, comentou.
Por isso ele é a favor de uma moratória na fabricação de biocombustíveis feitos de produtos destinados à alimentação.
Segundo Strauss-Khan, o que o mundo precisa agora é garantir maior produtividade agrícola, informou Jamil Chade, do jornal O Estado de S. Paulo.