Apesar das dificuldades lógicas do comércio mundial devido à pandemia, projeta-se que a demanda global por carne bovina apresentará um leve crescimento, explicado por maiores compras da China.
Até o final de 2020, a China deve comprar 2,8 milhões de toneladas de carne bovina das 8,8 milhões de toneladas vendidas no mundo, um aumento de 50% em relação a 2019, ano em que também cresceu em patamares semelhantes, conforme explica o corretor de carnes Juan Lema.
O diretor da Agromeals disse que o Uruguai “perdeu participação no mercado internacional”, principalmente na China, devido ao aumento da concorrência do Brasil e da Argentina.
“O importador chinês movimenta-se por preços”, disse o corretor, acrescentando: “O gado do Uruguai é 30% mais caro que a Argentina e 40% mais caro que o Brasil, é difícil competir nessas condições e o país está custando caro”.
E além da qualidade da carne uruguaia estar bem posicionada, Lema disse que devido ao tipo de produto que a China exige, o gado brasileiro se adapta muito bem.
Segundo a “grande oferta” do Brasil, Lema explicou que “os preços estão condicionados” e a indústria uruguaia “não fecha a equação”, mas “faz um grande esforço para continuar trabalhando”.
Por fim, considerou que a China “continuará sendo um ator muito relevante nas importações de carnes”, mas com uma “estabilidade de valores”, visto que “há uma diversidade de oferta de diferentes origens que os faz não se desesperar e pagar preços exagerados como já aconteceu antes ”.
Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.