O secretário de Agricultura do RS, José Hermeto Hoffmann, dá início hoje a um roteiro de reuniões em municípios da fronteira gaúcha com a Argentina. Segundo ele, “a idéia é levar à comunidade tudo o que vem sendo feito com relação ao controle da febre aftosa no Estado.” Além disso, será apresentado o programa emergencial de vigilância sanitária sugerido pelo governo gaúcho para o controle efetivo da doença.
A primeira reunião acontece na tarde de hoje, no município de Tenente Portela. Amanhã o secretário segue para Santa Rosa, São Borja e Uruguaiana. Irão participar dos encontros representantes dos sindicatos rurais, sindicatos dos trabalhadores rurais, autoridades municipais, coordenadores do Orçamento Participativo e coordenadores regionais da SAA. Na quarta-feira, o secretário da Agricultura participará também do Fórum Nacional dos Secretários de Agricultura, “onde a pauta será a sanidade animal”, destaca. Na última quinta-feira, Hoffmann apresentou o plano emergencial do Estado durante a reunião com o Ministério da Agricultura e secretários do Paraná e Santa Catarina.
Na próxima quinta-feira, o mesmo grupo se reúne novamente em Florianópolis. Conforme o secretário de Defesa Agropecuária do MA, Luiz Carlos de Oliveira, neste segundo encontro será feita uma avaliação das medidas apresentadas pelo governo federal na última quarta-feira em Porto Alegre, que fazem parte do plano de proteção do rebanho da Região Sul, em virtude do surgimento de focos de aftosa na Argentina. Entre as ações apresentadas está o cadastramento das propriedades, a educação sanitária e o controle de trânsito da animais. Segundo Oliveira, “a intenção é de que cada produtor cuide do seu patrimônio.” Ele enfatizou que não haverá vacinação contra a a enfermidade na região Sul. Oliveira lembrou ainda que os três estados já estão tomando medidas de vigilância sanitária, mesmo que isoladamente.
O secretário garante, no entanto, que a finalidade do plano é unificar as medidas anunciadas. “Iremos armonizar os trabalhos para agir de forma sistêmica.” As exportações para o mercado norte-americano, asseguriu, já se normalizaram. Na sua avaliação, a imagem da carne bovina nacional não ficou “manchada” após o embargo do Nafta ao produto brasileiro. Com relação à previsão de que o Brasil se tornará o maior exportador internacional de carne a partir de 2005, Oliveira afirmou não ter dúvidas de que isso irá acontecer.
fonte: Correio do Povo/RS