Realizado nesta última quarta-feira, em São Paulo, o seminário “Perspectivas para o Agribusiness em 2003 e 2004” contou com a participação do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Roberto Rodrigues, do secretário de Política Agrícola Ivan Wedekin, além de muitos outros especialistas no setor que se reuniram para discutir várias commodities agrícolas.
O painel sobre as perspectivas do mercado de carne abordou a produção, consumo e exportação de carnes de aves, suínos e bovinos. Vitor Abou Nehmi Filho, diretor da FNP Consultoria e Comércio, falando sobre bovinos expôs algumas mudanças que vêm ocorrendo no mundo que propiciariam um gradual aumento de mercado.
A expectativa para exportação este ano é de 1.200 milhões de toneladas e a previsão é de que o Brasil consiga exportar para 80 países. Segundo Vitor Nehmi, é a demanda crescente por alimentos, especialmente na Ásia e Rússia, que são o foco do Brasil. Ele afirma também que em 2006 os subsídios vão diminuir por causa da entrada de outros países na União Européia. E a UE já sinalizou que não tem a intenção de aumentar os subsídios por este motivo.
Vitor Nehmi disse também que os EUA abrirão exportação do Brasil no ano que vem o que, conseqüentemente, acabará abrindo novos mercados, como o México, por exemplo. Haverá um aumento de 300 mil toneladas por ano de nossa capacidade e, segundo ele, o país só não vai exportar mais por falta de produto e não por falta de demanda. “Em 2005 começará a explodir o preço do boi”.
Para o futuro, a demanda interna deverá manter-se e o aumento da produção será voltado para a exportação. O rebanho tenderá a se estabilizar nos próximos anos – haverá abate de matrizes por causa do avanço dos grãos -, deve-se expandir a integração lavoura/pecuária e haverá uma boa valorização das terras de pastagens.
Fonte: Thais de Alckmin Lisbôa, para o BeefPoint