As indústrias de saúde animal, que previam para o ano uma expansão entre 5% e 8%, cresceram 10,2% no primeiro semestre, atingindo receita de R$ 1,05 bilhão, e esperam manter o ritmo de crescimento no ano, segundo o Sindicato Nacional da Industria de Produtos para Saúde Animal (Sindan). É o que informa matéria do jornal Valor.
O presidente da entidade, Emílio Salani, diz que os principais fatores para esse desempenho são a expansão das vendas de vacinas contra febre aftosa, a inclusão das vacinas contra brucelose e raiva no programa de selagem do Mapa e as vendas aquecidas no setor de aves.
A matéria informa que, segundo a Central de Selagem de Vacinas (CSV), constituída por iniciativa privada e Mapa, as vendas de vacinas contra febre aftosa no primeiro semestre foram de 166,2 milhões de doses, dois milhões a menos que no mesmo período de 2004. O resultado foi associado à postergação da vacinação no Pará para o segundo semestre. O estado tem 15 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos. O Sindan prevê para o ano vendas 3,4% maiores que em 2004, para 360 milhões de doses.
Investimento
Por conta do mercado aquecido, algumas empresas estão elevando investimentos no Brasil. A Merial Saúde Animal, líder do setor com 11% de participação, anunciou em março aporte de US$ 9,1 milhões, mas decidiu ampliar o desembolso para US$ 11 milhões até 2006, com aplicação de novos US$ 1,4 milhão na linha de aves e outros US$ 1 milhão na área de medicamentos para eqüinos.
A brasileira Vallée, uma das maiores do setor, também vai investir em uma nova fábrica em Montes Claros (MG) para produzir novas linhas para pecuária. O valor do investimento é mantido em sigilo. O gerente de marketing, Luís Fernando Almeida, diz que a decisão deve-se ao crescimento de 10% nas vendas no primeiro semestre. “Há uma perspectiva de expansão do setor pecuário tanto no mercado interno como no exterior e a empresa pretende acompanhar esse avanço”, afirma. Ele estima para o ano um aumento na receita de até 10% sobre os R$ 160 milhões registrados em 2004.
A divisão de saúde animal da americana Schering Plough espera crescer 14% no ano, para R$ 204 milhões, graças às vendas maiores para as áreas de bovinos e suínos. No primeiro quadrimestre, a empresa cresceu 17%. A americana Pfizer cresceu 16% no setor de saúde animal no primeiro semestre e a previsão é fechar o ano com crescimento acima de 10%. A empresa planeja investir US$ 280 milhões em novos produtos e na planta de Guarulhos (SP), para torná-la plataforma de exportação. A americana Elanco, divisão da Eli Lilly, também está investindo US$ 3 milhões na unidade de Cosmópolis (SP), para ampliar a produção de medicamentos para aves e bovinos.
Fonte: Valor (por Cibelle Bouças), adaptado por Equipe BeefPoint