A Standard & Poor´s (S&P) afirmou que pode reduzir os ratings de crédito corporativo do JBS-Friboi, o maior frigorífico do mundo. "Poderemos rebaixar os ratings se o desempenho operacional da empresa e a liquidez se deteriorarem nos próximos trimestres, sinalizando uma piora nas condições de mercado além de nossas expectativas, ou se aquisições adicionais financiadas por dívidas aumentarem acentuadamente a alavancagem financeira da empresa", declarou a agência americana de classificação de risco.
A Standard & Poor´s (S&P) afirmou que pode reduzir os ratings de crédito corporativo do JBS-Friboi, o maior frigorífico do mundo. “Poderemos rebaixar os ratings se o desempenho operacional da empresa e a liquidez se deteriorarem nos próximos trimestres, sinalizando uma piora nas condições de mercado além de nossas expectativas, ou se aquisições adicionais financiadas por dívidas aumentarem acentuadamente a alavancagem financeira da empresa”, declarou a agência americana de classificação de risco.
Para levantar recursos, o Friboi pretende captar de 400 milhões de dólares em títulos de dívida com vencimento em 2014 por meio das subsidiárias JBS USA, LLC e JBS USA Finance, Inc. Os títulos serão destinados a investidores nos Estados Unidos e outros países. Espera-se que a conclusão da operação ocorra ainda em abril deste ano. A S&P atribuiu nota B+ a essa emissão de papéis.
Nesta quarta-feira (15/4), a S&P reafirmou a nota B+ para a dívida de longo prazo do Friboi, numa escala onde o melhor índice seria AAA. Notas B+ significam que a empresa ainda tem capacidade de honrar seus compromissos, desde que não seja surpreendida por condições operacionais, financeiras ou econômicas adversas.
Segundo a S&P, as notas de crédito do Friboi refletem o perfil “agressivo” do grupo, que implementou uma estratégia de crescimento acelerado, por meio de aquisições, como a americana Swift, a australiana Tasman e a italiana Inalca. A expansão acarretou elevado nível de endividamento, pesadas dívidas de curto prazo. Além disso, a agência observa que a geração de caixa, tanto discricionária quanto livre, está negativa.
A companhia, no entanto, conta com dois fatores que minimizam o difícil cenário em que ela se encontra: a presença global nos negócios de carne e a liquidez adequada, conforme se evidencia nas altas reservas de caixa da empresa. Em 31 de dezembro, a empresa contava com cerca de 982 milhões de dólares, ante vencimentos de curto prazo de 950 milhões no decorrer de 2009.
O relatório da S&P afirma que a perspectiva de nota da companhia pode ser promovida de “negativa” para “estável”, se o frigorífico apresentar um bom desempenho nos Estados Unidos, além de melhorar sua operação no Brasil. Mas isso teria de acarretar uma queda no nível de endividamento do Friboi e geração positiva de caixa nos próximos trimestres. “Atualmente, há um potencial limitado para elevação dos ratings da JBS como resultado das condições incertas e ainda voláteis em seus principais mercados, bem como de seu perfil financeiro”, afirma a S&P.
As informações são do Portal Exame, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.